Policial investigado por morte de outro PM em assalto teria apresentado atestado no dia do crime

A Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) está à frente do inquérito policial

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
soldado morto pm
Legenda: O soldado morreu após ser baleado durante assalto no bairro Quintino Cunha
Foto: Reprodução

A morte do soldado Antônio Cadorne Rodrigues agora é investigada pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). A suspeita é que o latrocínio tenha contado com a participação de outro policial militar. A reportagem apurou que o PM suspeito teria apresentado atestado no dia do crime. 

É a DAI que está à frente do inquérito policial acerca do crime ocorrido no bairro Quintino Cunha, na última segunda-feira (31). Por nota, a CGD informou também ter instaurado processo disciplinar para apuração na seara administrativa.

O agente investigado não teve o nome divulgado até o momento. Há informação que ele deveria prestar serviço na data do crime, que está sendo tratado inicialmente como um latrocínio (roubo seguido de morte), mas estava afastado devido a uma licença médica. No entanto, outras possibilidades sobre a motivação da ação criminosa estão sendo investigadas.

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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realizou as primeiras diligências para investigar o crime. Após colher depoimentos e provas que indicariam a participação de um militar, o caso foi encaminhado para a DAI.

SUSPEITO LIBERADO

Um homem chegou a ser preso sob suspeita de participar do latrocínio, mas foi solto em audiência de custódia nesta terça-feira (1º). A 17ª Vara Criminal - Vara de Audiências de Custódia relaxou a prisão em flagrante por entender que houve uma "ilegalidade na suposta situação de flagrância (ausência de indícios suficientes de autoria delitiva)". 

A própria Polícia Civil do Ceará (PCCE) pediu pelo relaxamento da prisão de Francisco Anderson Silva Santos Ferreira, conhecido como 'Iceberg', de 27 anos, por falta de indícios da sua participação no crime. O que foi apoiado pela defesa do suspeito. Já o Ministério Público do Ceará (MPCE) foi a favor da concessão da liberdade, mas com aplicação de medidas cautelares.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) lamentou a morte do soldado por meio de nota de pesar divulgada nas redes sociais. A vítima ingressou na Polícia Militar do Ceará no ano de 2018 e, atualmente, trabalhava no 12º Batalhão da PMCE, em Caucaia.

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