'Lorim' e 'Mexicana' são condenados por matar irmãs e jogar corpos em rio, em Fortaleza

As vítimas foram mortas por disputa de facções criminosas no bairro Autran Nunes

Escrito por
Bergson Araujo Costa bergson.costa@svm.com.br
(Atualizado às 16:01)
Imagem do Rio onde os corpos das jovens foram jogados.
Legenda: As irmãs foram conduzidas à força até as margens do Rio Maranguapinho, onde foram mantidas em cárcere.
Foto: José Leomar.

Ismael Oliveira Martins de Sousa, conhecido como “Lorim”, e Karla Karoline Santos de Andrade, conhecida como “Karol ou Mexicana”, foram condenados pela 3ª Vara do Júri de Fortaleza pela morte de duas irmãs no bairro Autran Nunes, em 2024.

A condenação, proferida nesta quarta-feira (24), veio após o Ministério Público do Ceará apresentar teses contra a dupla. Segundo a entidade, as duas foram assassinadas por disputa entre facções criminosas, na madrugada de 16 de agosto do ano passado.

Ismael foi sentenciado a 44 anos, 5 meses e 15 dias de prisão. Já Karla foi sentenciada a 45 anos e 4 meses de prisão. Uma das irmãs tinha 15 anos, sendo identificada pelas siglas L.S.R, e a outra, de 27 anos, identificada como F.S.S.

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As investigações apontam que as irmãs foram abordadas por integrantes de organização criminosa, entre eles “Lorim”, e conduzidas à força até as margens do Rio Maranguapinho, onde foram mantidas em cárcere.

Seus aparelhos celulares foram analisados por Karla, apontada como uma das chefes da facção na região. Após passarem pelo “julgamento do tribunal do crime”, as irmãs tiveram a morte decretada por Karla, sendo, então, assassinadas com disparos de arma de fogo. 

Os corpos das vítimas foram jogados no rio. Após atuação do MP do Ceará, os réus foram sentenciados com as qualificadoras de motivo torpe e emprego de meio que impossibilitou a defesa da vítima, além dos crimes de corrupção de menores, cárcere de privado e participação em organização criminosa.

Segundo uma moradora, que não foi identificada, o caso ocorreu na rua Moçambique. As vítimas foram vistas, inicialmente, dentro do rio.

O Diário do Nordeste, a época, obteve fotos da ocorrência que mostrava as mulheres utilizando apenas blusas e calcinhas.

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