Protestos contra Bolsonaro pelo País pedem impeachment e criticam gestão da pandemia
Os atos, convocados por partidos políticos e movimentos sociais, reuniram lideranças políticas neste sábado (2) em cidades brasileiras e no exterior
Os atos contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) mobilizaram opositores em diversas cidades brasileiras e em outros países. Os protestos foram registrados em, pelo menos, 20 estados com mobilizações em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Campo Grande.
Os protestos foram articulados por partidos como PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade, além de movimentos sociais e centrais sindicais. Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, os atos reuniram lideranças políticas nacionais, como Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT).
Os manifestantes gritavam "Fora Bolsonaro" e destacavam as pautas econômicas e sociais com o uso de faixas, cartazes e músicas com o coro de: "Tá tudo caro, Povo na rua e fora Bolsonaro", como percebido no Rio de Janeiro. Os participantes pedem a saída de Jair Bolsonaro da presidência e levantam críticas contra o Governo Federal.
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Além disso, os manifestantes levaram para as ruas das cidades brasileiras críticas relacionadas à PEC da Reforma Administrativa, a cobrança por mais vacinas e empregos, bem como os preços elevados de produtos alimentícios e dos combustíveis.
Fora do Brasil, também foram registradas mobilizações em cidades como em Freiburg, na Alemanha, Madri, na Espanha, e Paris, na França.
Mobilizações pelo Brasil
Com concentração marcada para às 13 horas, a manifestação na Avenida Paulista foi a que reuniu maior número de lideranças políticas, incluindo pré-candidatos ao Palácio do Planalto.
O deputado federal Marcelo Freixo, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, e o presidenciável, Ciro Gomes - também presente na manifestação do Rio de Janeiro - foram alguns dos que marcam presença no ato da capital paulista. Ciro também participou, durante a manhã, do ato da Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. "Fora Bolsonaro é um grito simples, que deve unir a todos os democratas desse País", defendeu.
O pedetista lembrou os pedidos de impeachment que já somam mais de 100 protocolos na Câmara dos Deputados. "Precisamos tirar Arthur Lira da inércia. Isso só vai acontecer com luta, com nosso povo organizado, deixando nossas diferenças para depois", frisou. A mobilização na capital carioca teve participação de parlamentares da oposição, como Alessandro Molon (PSB) e Jandira Feghali (PCdoB).
Salvador e Brasília, entre outras 100 cidades, foram convocadas pela “Campanha Fora Bolsonaro”, apoiada por partidos políticos, centrais sindicais e o grupo Direitos Já!, que reúne lideranças de 19 bancadas.
Bolsonaro apresenta queda na popularidade nos últimos meses com 22% de aprovação, nível mais baixo desde que assumiu o poder. As manifestações acontecem em cenário em que o presidente é cercado por investigações judiciais, inflação, desemprego e gestão da pandemia com registro de quase 600 mil mortos no Brasil.