Presidente do Iphan é afastada após Bolsonaro admitir demissão de funcionários para favorecer Hang
O afastamento foi assinado pela juíza Mariana Tomaz da Cunha, da 28ª Vara Federal, nesta sábado (18)
A diretora-presidente do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), Larissa Rodrigues Peixoto Dutra, foi afastada por ordem da Justiça Federal neste sábado (18), após fala do presidente Jair Bolsonaro sobre o empresário Luciano Hang.
Na última semana, Bolsonaro assumiu que praticou demissões de funcionários da autarquia após uma reclamação de Hang, que teve uma obra embargada pelo Iphan.
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Assinada pela juíza Mariana Tomaz da Cunha, da 28ª Vara Federal, o pedido de afastamento foi proferido hoje, solicitado pelo Ministério Público Federal (MPF), conforme informações do jornal Valor.
"Com efeito, no exercício de suas funções, o atual Exmo. Presidente da República admitiu que, após ter tomado conhecimento de que uma obra realizada por Luciano Hang, empresário e notório apoiador do governo, teria sido paralisada por ordem do Iphan, procedeu à substituição da direção da referida autarquia".
Contudo, a solicitação do afastamento de Larissa Dutra já tramitava na Justiça antes da afirmação de Bolsonaro. Em 2020, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero protocolou pedido de suspensão da nomeação de Dutra.
De acordo com o ex-ministro, ela não "não preenche técnica e moralmente nenhum dos requisitos exigidos".