Lula reforça que 'pandemia ainda não acabou' e faz apelo por dose de reforço da vacina anticovid
A declaração ocorreu após a OMS anunciar o fim da emergência sanitária de Covid-19
Apesar do fim da emergência sanitária de Covid-19 anunciado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta sexta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais para incentivar a população a se vacinar contra a doença. Ele ainda alertou que "a pandemia ainda não acabou" e fez críticas ao governo anterior, que definiu como "negacionista".
"Depois de 3 anos, hoje finalmente podemos dizer que saímos da emergência sanitária pela Covid-19. Infelizmente, o Brasil passou da marca de 700 mil mortos pelo vírus. E acredito que ao menos metade das vidas poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista", publicou Lula no Twitter.
Lula ainda comentou sobre o compromisso do governo federal em incentivar a saúde, ciência e pesquisa.
"Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. E o governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas", completou.
Decisão da OMS
Nesta sexta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto título de alerta da organização. A situação da doença havia sido declarada para o surto do novo coronavírus no fim de janeiro de 2020.
A decisão, no entanto, não altera o título de pandemia de Covid, que só foi declarado meses mais tarde, em março do mesmo ano.
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No início de 2023, a OMS divulgou um vídeo explicando inclusive a diferença entre a ESPII e a pandemia. Nele, a líder técnica da entidade, Maria van Kerkhove, ressaltava que mesmo que a organização decretasse o fim da emergência este ano, o mundo ainda poderia ter que lidar por um bom período com a pandemia de Covid.
Gestor da OMS, Tedros Adhanom ressaltou que a situação não diminui os cuidados com a doença. "No entanto, isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a Covid ceifou uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes que conhecemos", acrescentou.