Ex-ministro do Turismo Gilson Machado é preso pela PF no Recife, diz colunista
Ele teria articulado a emissão de um passaporte português para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, alvo da PF nesta sexta-feira (13)

Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do Brasil no governo Jair Bolsonaro, foi preso em Recife (PE), nesta sexta-feira (13). A informação foi confirmada pela Polícia Federal ao blog da jornalista Andréia Sadi, do g1.
A prisão Gilson Machado ocorreu por volta das 10h, em um endereço do bairro Boa Viagem, na capital pernambucana. Durante a manhã, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão. A defesa do ex-ministro informou à GloboNews que um carro e celulares dele foram apreendidos.
Veja também
Para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a PF, havia indícios de que o ex-ministro do Turismo tentou emitir um passaporte português para que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deixasse o Brasil. Mauro Cid teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta, mas ela foi revogada em seguida, conforme a CNN.
Segundo advogado, o depoimento do ex-ministro na Superintendência Regional em Pernambuco durou cerca de 10 minutos. O delegado se limitou a perguntAr sobre a possível tentava de emissão de passaporte estrangeiro para Mauro Cid.
Gilson Machado disse que ele telefonou ao Consulado português, mas para obter informações sobre o passaporte para o pai que precisaria atualizar documento por meio de um agendamento.
Investigações
Conforme o jornal O Globo, a PF pediu a abertura de investigação sobre ex-ministro em maio deste ano. A medida foi interpretada como uma possível tentativa de atrapalhar o andamento da ação penal da trama golpista, já que Mauro Cid é um dos réus. A PGR concordou com a apuração.
Ainda segundo o jornal, a PF reuniu indícios de que Gilson procurou o Consulado de Portugal em Recife, onde reside, para conseguir o passaporte, sem sucesso. Há a suspeita, contudo, de que ele pode procurar outras embaixadas ou consulados com o mesmo objetivo, para que o tenente-coronel deixasse o País.