Em entrevista, Sérgio Moro considera fome como problema emergencial do Brasil
Durante participação na Verdinha 810, o ex-ministro da Justiça disse que a prioridade do país deve ser o combate à fome
O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro (Podemos), considerou a pobreza e a fome como um "problema emergencial" a ser erradicado no Brasil. Ele diz que essa pauta estará na linha de frente do projeto político que pretende apresentar como pré-candidato à presidência da República. A delaração foi dada na manhã desta terça-feira (8) em entrevista à Verdinha 810.
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"A gente tem um problema emergencial a ser resolvido que é a pobreza e a fome. A gente quer fazer alguma coisa diferente do que fizeram todos os governos anteriores e o atual", alegou.
Moro acrescentou que, para além da implementação dos programas de transferência de renda, como os extintos Bolsa Escola e Bolsa Família, e agora, o Auxílio Brasil, pretende atacar as causas da pobreza.
"Às vezes tem um pai de família que precisa de um tratamento de saúde para poder trabalhar, às vezes é um adolescente que precisa de um treinamento profissional para ter uma atividade, às vezes é uma mãe que poderia trabalhar e complementar o salário da família, mas ela não tem onde deixar o filho em uma creche", sinaliza Moro.
Reforma política
O então aliado de Jair Bolsonaro antecipou que se chegar à liderança do Executivo, pretende conduzir uma reforma política que determine o fim da reeleição e do foro privilegiado, inclusive para o próximo presidente em exercício. Moro ressaltou que as reformas e o combate à corrupção estão em seu DNA.
"As reformas são fundamentais para a gente voltar a crescer. Pode escrever na pedra o que a gente vai fazer: fim do foro privilegiado para todo mundo e o fim da reeleição para chefe do Poder Executivo. É, na verdade, uma pauta ética de combate à corripção, mas de certa maneira, é um passo de reforma política", explicou.
Críticas a Bolsonaro
Moro também garantiu que não se colocou como um pré-candidato à corrida eleitoral para repetir os modelos de governabilidade do ex-presidente Lula e do atual mandatário, Bolsonaro, a quem ele fez duras críticas.
"Não coloquei meu nome na jornada para repetir o Lula com o mensalão. Bolsonaro desapontou os brasileiros e abraçou o centrão. Esse modelo de orçamento secreto, de emenda parlamnentar sendo paga sem transparência não é o nosso modelo. Nosso modelo vai ser diálogo, liderança sem abdicar de princípios e valores", finalizou.