Janones mostra conteúdo do celular de Gustavo Bebianno, falecido presidente do PSL; entenda o caso
Deputado Federal afirmou que deve divulgar material do aparelho nos próximos dias
O deputado federal André Janones (Avante-MG) utilizou o perfil pessoal no Twitter nesta terça-feira (25) para publicar uma série de imagens que, segundo ele, estariam no celular de Gustavo Bebianno, presidente nacional do PSL durante as eleições de 2018. Próximo de Jair Bolsonaro, ele morreu vítima de um infarto em 2020.
A revelação, afirmou Janones, teria como intuito movimentar a reta final das eleições para a presidência do Brasil, que têm como candidatos o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL).
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Bebianno foi uma das figuras próximas de Bolsonaro na última campanha e ainda atuou como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Entretanto, foi um dos primeiros a romper com Bolsonaro.
Já na manhã desta quarta-feira (26), o político fez publicação sem citar o caso, mas pontuando que teria se pronunciado sobre a questão em momento inadequado.
"Ontem acabei caindo em uma provocação e expondo conteúdos que não eram para ter vindo a público ainda. As questões legais envolvidas são muito complexas, alcançando inclusive autoridades americanas. Questões religiosas também fazem parte do imbróglio. Mudemos o foco, por ora", completou ele.
Material guardado
Após o rompimento entre Bolsonaro e Bebianno, ocorrido em março de 2020, o então apoiador do governo disse possuir material para utilizar caso algo acontecesse com ele. O material citado teria sido arquivado no celular do ex-ministro, mas, desde então, não veio à tona.
"Mortos não falam, mas os celulares deles sim! Lembra desse dia, Carlinha? Lembra o que foi falado aqui?", questionou diretamente a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que aparece nas imagens, e é aliada de Bolsonaro.
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"Isso aqui é só o frame de um vídeo, e de onde saiu esse tem muito mais! Apenas aguarde! Haverá choro e ranger de dentes!", escreveu. Em resposta, Zambelli resolveu citar o caso de Celso Daniel (PT-SP), que foi prefeito de Santo André (SP) e morto a tiros em 2002.
"Mortos não falam mesmo. O Celso Daniel não fala também, mas seus registros, sim", escreveu a deputada. A acusação faz menção a uma matéria veiculada pelo programa Jovem Pan News que citou declaração da senadora Mara Gabrilli (PSDB) ligando Lula à morte do político.
Ao todo, seis pessoas foram condenadas pelo assassinato de Celso Daniel em 2002 e cumprem pena atualmente, mas nenhuma delas tem relação com o Partido dos Trabalhadores.