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Com mesmo impasse de 2021, bancada do Ceará diverge sobre destinação de emendas e adia reunião

No ano passado, a bancada cearense foi a última a enviar as indicações das emendas – e também não houve consenso

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(Atualizado às 14:19, em 10 de Novembro de 2022)
Bancada federal do Ceará
Legenda: No ano passado, bancada do Ceará foi a última a protocolar documento sobre emendas coletivas
Foto: Claudio Araujo

Deputados federais e senadores do Ceará participaram, nesta quarta-feira (9), de encontro para discutir a destinação das emendas de bancada para 2023. Os parlamentares, no entanto, não chegaram a um acordo e uma nova reunião foi marcada para a próxima sexta-feira (11).

No ano passado, a bancada cearense foi a última a enviar as indicações das emendas justamente porque não houve consenso.

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Ao todo, o montante ao qual a bancada tem direito de destinar de forma impositiva é superior a R$ 280 milhões. Esse valor é dividido em fatias de aproximadamente R$ 11 milhões entre os deputados e senadores, que costumam enviar metade dos recursos ao Governo do Ceará. A outra metade é distribuída pelos parlamentares para ações, projetos e obras na região.

Assim como no ano passado, algumas lideranças alinhadas ao Governo do Estado defendem que metade dos recursos sejam enviados para financiar as obras do Hospital Universitário da Uece. Já deputados e senadores da oposição argumentam que os montantes devem ser distribuídos de forma independente por cada parlamentar.

Reunião

Entre os parlamentares presentes estavam Capitão Wagner (União), Mauro Filho (PDT), Leônidas Cristino (PDT), Robério Monteiro (PDT), Domingos Neto (PSD), além do senador Eduardo Girão (Podemos) e do senador licenciado Cid Gomes (PDT), que reclamou da postura da oposição. 

Segundo parlamentares presentes no encontro, Cid fez críticas duras à resistência dos deputados e senadores de enviar recursos diretamente ao Governo do Ceará. Capitão Wagner, por outro lado, criticou o pedetista. 

“A reunião foi inconclusiva, foi mais do mesmo. Cid querendo impor a força dele, mas não tem mais tanta força. O próprio pessoal do PDT está reticente com a ideia de dar tudo para o Estado (...) Acho que vai ser igual no ano passado, cada deputado vai destinar conforme sua consciência”, disse o parlamentar do União Brasil.

Além dos deputados e senadores, também participaram da reunião representantes de instituições como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Marinha, a Embrapa e a Unilab, que fizeram apelos pelo envio de recursos.

Também presente na reunião, o deputado Idilvan Alencar (PDT) lamentou a falta de acordo da bancada. “Fiz a defesa de que os recursos sejam enviados para a Santa Casa de Sobral, para a UFCA e para o IFCE, mas o impasse continua sobre quanto seria enviado para o Governo do Ceará, é o impasse histórico das emendas do Ceará”, pontuou.

Antigo impasse

Em 2021, os deputados e senadores do Ceará foram os últimos a definir o destino dos recursos e quebraram a tradição de enviar metade das emendas coletivas ao Executivo estadual. Alguns parlamentares chegaram a não enviar valor algum para o Governo do Ceará. 

À época, o objetivo do governador Camilo Santana já era usar os recursos para a construção do Hospital da Uece.

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