Augusto Heleno silencia parcialmente em interrogatório no STF; acompanhe ao vivo
O general é um dos oito réus do chamado "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado arquitetada em 2022, no Brasil

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, optou por silenciar "parcialmente" durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é um dos réus do chamado "núcleo crucial" da trama golpista arquitetada em 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL), para impedir a posse do presidente eleito naquele ano.
O militar limitou-se a responder apenas as questões iniciais no interrogatório e aquelas feitas pelo seu próprio advogado, Matheus Mayer. Ele negou ter cometido crime e disse que não vê motivo para ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Mesmo ciente de que não haveria resposta, o relator do processo na Corte, ministro Alexandre de Moraes, questionou o ex-ministro mesmo assim sobre uma agenda encontrada com um roteiro para o golpe e a respeito de declarações feitas pelo general.
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'Não havia clima'
Heleno foi questionado diversas vezes pelo próprio advogado se chegou a fazer "pregações políticas" entre os servidores do GSI e se questionou a lisura das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras. Ele negou ambas as acusações, alegando que "não havia clima".
No entanto, o general reforçou seu posicionamento favorável ao voto impresso. "Eu era um a mais, não tinha força para transformar aquilo em realidade", disse. Já sobre o pleito de 2022, que resultou na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o terceiro mandato, o general se limitou a dizer: "Tive que aceitar".