Quem é Eduardo Bismarck, eleito novo coordenador da bancada cearense

O deputado assume o posto no início do seu segundo mandato na Casa, onde estreou a vida política em 2019

A bancada cearense no Congresso Nacional oficializou, na noite de terça-feira (14), o seu novo coordenador. Trata-se de Eduardo Bismarck (PDT). Na função, o pedetista deve ser o articulador da relação entre os parlamentares cearenses e os governos estadual e federal ao longo do ano.

Bismarck assume o posto no início do seu segundo mandato na Casa, onde estreou a vida política em 2019. Advogado de formação, o filho do prefeito de Aracati, Bismarck Maia (PDT), exerceu a profissão no campo do Direito antes de ser iniciado no Parlamento.

 A família tem, ainda, Guilherme Bismarck (PDT), estreante na política, como suplente de deputado estadual.

Na Câmara dos Deputados, ainda no primeiro mandato, Eduardo Bismarck ocupou a 1ª suplência de secretário na Mesa Diretora. Em 2020, também chegou a assumir a coordenação do bloco temporariamente, com a licença do então responsável pela função, Domingos Neto (PSD).

A desenvoltura e a comunicação facilitada foi um dos motivos que lhe garantiram a posição na bancada estadual, apontam colegas do bloco. Houve, ainda, um acordo sobre a distribuição do posto nos próximos anos, que seria feita com base no tamanho de cada partido na bancada cearense. 

Finalizado esse momento de decisão, cabe a Eduardo Bismarck lidar com os desafios da bancada cearense.

Coordenação

Pelas regras do Congresso, o coordenador de bancada estadual representa o seu bloco na apresentação de emendas junto à Comissão Mista de Orçamento (CMO), a fim de distribuir verbas para os entes federados de forma justa e eficiente no ano seguinte. 

A essa figura também são garantidas as prerrogativas restritas de representação na apreciação e votação de relatórios, incluindo o remanejamento de recursos e a apresentação de destaques.

Com a falta de apoio do PT à sua investida à coordenação – que teve a retirada da candidatura de Luizianne Lins no processo – Eduardo Bismarck apontou para o risco de o partido ficar fora de decisões relativas ao Orçamento. 

"São necessários 12 deputados para definir a coordenação e 17 para definir o orçamento. Hoje temos 17 que declararam apoio. Se o PT ficar fora, serão os 17 que irão definir", disse, na última semana.

Por isso, procurou os colegas cearenses petistas na Câmara para tratar sobre o assunto, a fim de que construam juntos o orçamento de bancada.

“Eu não quero que o fato de eles não terem me apoiado prejudique a construção do orçamento e o governador. Gostaria muito de conversar com ela (Luizianne), ter o apoio, preciso dela e do (líder do governo Lula, José) Guimarães”, afirmou Bismarck posteriormente. 

Agora, a prioridade é “conversar sobre a construção do orçamento” junto aos deputados e ao Executivo. “Vamos fazer as reuniões para compilar esse pleitos dos deputados e dos entes federados. O momento agora é de aproximar a bancada do governador e ouvir as demandas dos que são base ou não. O recurso da oposição vem também para o estado”, completou o pedetista.