A pouco mais de um ano das eleições de 2022, dirigentes de seis partidos - de um grupo de nove - se reuniram, nesta quarta-feira (18), para debater a disputa eleitoral e qual candidato seria a "terceira via" ideal para apresentar ao eleitorado. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
O movimento de lideranças de centro busca uma alternativa aos nomes do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, no momento, lideram as pesquisas de intenção de voto.
Estiveram no encontro os presidentes de PSDB, DEM, MDB, Cidadania, Podemos e PV. Além deles, Novo, PSL e Solidariedade também integram o grupo. Representantes dos nove partidos têm um grupo no WhatsApp no qual debatem sobre a disputa de 2022.
Entre os possíveis pré-candidatos, estão os governadores João Doria (PSDB-SP) e Eduardo Leite (PSDB-RS), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o apresentador José Luiz Datena (PSL-SP), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), além dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e o ex-ministro Sergio Moro.
Intenção de votos
Contudo, nenhum deles conseguiu alcançar bons resultados nas pesquisas de intenção de votos divulgados até agora. Na Pesquisa XP-Ipespe, divulgada na terça (17), nenhum deles alcançou sequer dois dígitos. Em uma das simulações feitas pelo Instituto, Sérgio Moro tem 9%; e Luiz Henrique Mandetta e Eduardo Leite, 4% cada.
Em um segundo cenário (com Doria e sem Eduardo Leite), os resultados pouco mudam: Mandetta, Doria e Datena aparecem com 5% cada um.
Apesar de o centro ter um caminho difícil para consolidar uma candidatura, o tom dos dirigentes partidários é de otimismo.
"Isso (pesquisas eleitorais) é um reflexo do momento. Temos essa consciência que hoje temos uma visão muito extremada da sociedade e da própria disputa política", afirmou o presidente do MDB, Baleia Rossi.
A única definição, por enquanto, é de que os partidos irão se unir em um candidatura de consenso.
"Os candidatos que porventura sejam desses partidos sabem que os presidentes desses partidos estão discutindo e não ficam imaginando que vão ser candidatos de qualquer jeito. Não é assim", explicou o presidente do Cidadania, Roberto Freire.