A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) instalou, nesta quarta-feira (12), uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os serviços prestados pela Enel Ceará na Capital. O início dos trabalhos do colegiado ocorre às vésperas do recesso parlamentar, previsto para iniciar em julho, e após mais de um mês desde que a abertura da CPI foi autorizada pela Casa.
Presidente da Comissão, o vereador Pedro Matos (Avante) afirmou que o colegiado fará um trabalho diferente do desenvolvido pela CPI da Enel da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), cujo trabalhos foram encerrados no início de maio. Segundo ele, o objetivo é trazer um "resultado no final de tudo".
"A nossa intenção é, de fato, fazer um trabalho nas 12 regionais de Fortaleza, já é algo que vai ser diferente da Assembleia. Tentar dialogar nas regionais, escutar a população sobre o que de fato tem acontecido de queda de energias. A população de Fortaleza tem se sentido bastante lesada por conta dos maus serviços da Enel, e, além de tudo isso, a gente quer fazer um trabalho coeso", ressaltou o parlamentar.
Relator da CPI da Enel, PP Cell (PDT) disse que o recesso de julho não deve atrapalhar o andamento dos trabalhos. O intervalo, segundo ele, será utilizado para reuniões internas e levantar as reclamações contra a empresa.
"(A CPI) está nascendo agora, vamos esperar o recesso para fazer essas convocações, realizar reuniões internas. A gente vai precisar desse tempo para estudar a matéria, entrar de fato em algumas questões um pouco complexas, burocráticas. Acho que o recesso parlamentar vai nos dar o tempo que a gente precisa para trazer, em agosto, quando a Casa voltar, um material mais robusto de forma mais responsável",
Por meio de nota, a Enel reiterou seu compromisso com a sociedade em todas as áreas em que atua e reforçou que está aberta ao diálogo.
"É importante ressaltar que a empresa segue trabalhando na melhoria da qualidade do fornecimento e na modernização do sistema elétrico do Estado. A empresa anunciou, no mês passado, um plano de melhorias para o estado, com investimentos de cerca de R$ 4,8 bilhões até 2026. O plano tem como foco a melhoria da qualidade do fornecimento, a modernização do sistema elétrico, reforço de atendimento ao cliente, modernização das lojas, além de novas contratações", frisou a nota.
Confira quem são os membros da CPI da Enel na Câmara:
- Pedro Matos (Avante): presidente
- Márcio Martins (União): vice-presidente
- PP Cell (PDT): relator
- Kátia Rodrigues (PDT): titular
- Ronaldo Martins (Republicanos): titular
- Danilo Lopes (PSD): titular
- Júlio Brizzi (PT): titular
Próximos passos
Segundo o presidente do colegiado, representantes do corpo técnico da Enel e da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos de Fortaleza (SCSP) devem ser convocados para oitivas na CPI.
"Nesse primeiro momento, a gente quer estudar, fazer um levantamento dos primeiros problemas e, identificando esses primeiros problemas e estando munido de perguntas efetivas sobre o que a gente vai querer escutar da Enel, a gente vai querer convocar o corpo técnico da Enel. (...) E a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, que é uma das que mais sofre com essa situação porque está no dia a dia das comunidades"
Os trabalhos da CPI devem durar 120 dias, podendo ser prorrogados por mais 120 dias.
Confira nota da Enel na íntegra:
A Enel Distribuição Ceará reitera seu compromisso com a sociedade em todas as áreas em que atua, reforçando que está sempre aberta ao diálogo para os esclarecimentos necessários.
É importante ressaltar que a empresa segue trabalhando na melhoria da qualidade do fornecimento e na modernização do sistema elétrico do Estado. A empresa anunciou, no mês passado, um plano de melhorias para o estado, com investimentos de cerca de R$ 4,8 bilhões até 2026. O plano tem como foco a melhoria da qualidade do fornecimento, a modernização do sistema elétrico, reforço de atendimento ao cliente, modernização das lojas, além de novas contratações.
A companha reforça que investiu, nos últimos seis anos, R$ 6,7 bilhões, principalmente em expansão da rede, conexão de novos clientes, novas tecnologias, adequação da infraestrutura e construção de novas subestações.