Trabalhadores negros e pardos ganham R$ 2.200 a menos do que os brancos em Fortaleza, mostra IBGE

No mercado formal, a desigualdade racial atinge 44%

Escrito por Bruna Damasceno , bruna.damasceno@svm.com.br
Afroempreendedorismo
Legenda: Remuneração de negros e pardos é quase 1,5 salário-mínimo menor do que de pessoas brancas em Fortaleza
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em Fortaleza, trabalhadores pretos e pardos com carteira assinada possuem rendimento médio 44,34% inferior ao dos brancos, uma diferença salarial de R$ 2.282. Os dados, de 2023, foram divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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No setor informal, a desigualdade racial persiste. Enquanto os trabalhadores pretos e pardos têm salário de aproximadamente R$ 1.056, os brancos recebem, em média, R$ 1.426. 

No Estado, a desigualdade salarial entre brancos e pretos também existe em ambos os setores, com salários menores 38% e 26% menores para pretos e pardos, conforme demonstra infográfico abaixo.  

Mulheres ganham R$ 700 a menos que os homens no setor informal, em Fortaleza 

O mercado de trabalho cearense também é marcado pela desigualdade de gênero. Para se ter ideia, em Fortaleza, as mulheres que atuam no setor informal têm um rendimento médio 35,53% inferior ao dos homens, registrando uma diferença de R$ 717

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As mulheres com carteira assinada também recebem salário cerca 6,06% menor do que o dos homens na Capital.

No Estado, as mulheres do setor formal recebem, em média, 18,29% a menos que os homens no setor formal e 8,46% a menos no setor informal. 

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