Redução de salários e jornadas deve voltar por mais quatro meses

Anúncio deve sair nesta semana, de acordo com ministro Paulo Guedes. O programa foi encerrado no ano passado e a sua renovação é pleiteada por diversos setores da economia

Escrito por Redação ,
Carteira de trabalho
Legenda: Programa evitou demissões durante o ano de 2020
Foto: Natinho Rodrigues

O ministro Paulo Guedes antecipou, em conversas mantidas com empresários, que o programa de redução de jornadas e salários para manutenção dos empregos durante a pandemia do coronavírus deve ser prorrogado nesta semana. O programa foi encerrado no ano passado e a sua renovação era um antigo pleito de diversos setores da economia. As informações são da Exame.

O programa foi implementado a partir da Medida Provisória 936, que também permitiu a suspensão de contratos de trabalho. A ideia é que a MP seja reeditada e, com isso, o programa deve durar mais quatro meses. A prorrogação deve custar R$ 15 bilhões à União.

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No ano passado, a medida permitiu a realização de 20 milhões de acordos, beneficiando 10 milhões de trabalhadores e 1,5 milhão de empresas. O programa custou ao governo federal R$ 51,5 bilhões.

Também deve ser reeditada a MP 927, que trata da antecipação de férias e feriados, além da concessão de férias coletivas.

De quanto deve ser a redução nos salários

O modelo do programa deve seguir os parâmetros da MP 936, de abril de 2020. A regra autorizou redução salarial de 25%, 50% e 70% por acordos individuais e suspensão do contrato por até nove meses.

Preservação de empregos

O programa de preservação do emprego é considerado por Guedes uma das medidas emergenciais mais efetivas da pandemia. Para ele, sem esses acordos, o país veria um número muito maior de demissões durante a crise sanitária.

"Em vez de você esperar alguém ser demitido e receber R$ 1.000 de seguro-desemprego, é muito mais inteligente pagar R$ 500 para ele não ser demitido. Eu baixei o custo do emprego, mantive o emprego do trabalhador e gastei menos do que se ele fosse demitido", afirmou o ministro.

 

 

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