Pecém deixa de girar 26 mil t; aeroportos são afetados

Escrito por Redação ,
Legenda: Movimentação no Pecém foi afetada pela interdição na rodovia que dá acesso ao equipamento; em Fortaleza, no entanto, não houve qualquer alteração

Fortaleza/São Paulo. A paralisação dos caminhoneiros afetou ontem o funcionamento do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O protesto dos profissionais, realizado através da interrupção da rodovia CE-155, impediu o acesso ao terminal marítimo.

Em nota enviada à reportagem, a Cearaportos informou que o impacto superou as 20 mil toneladas (t) de produtos que deixaram de ser transportadas.

"As operações internas dentro do porto cearense estão acontecendo de forma parcial, impactando em uma redução na movimentação de cargas de cerca de 26 mil toneladas", disse a nota.

Por sua vez, o Porto do Mucuripe, em Fortaleza, informou por meio da assessoria de imprensa, que não sofreu qualquer alteração nas funções. "Estamos operando normalmente", informou a assessoria, por telefone.

Aeroportos

Um relatório da Infraero de 11h09 apontou que os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e os de Palmas (Tocantins), Recife (Pernambuco), Maceió (Alagoas) e Aracaju (Sergipe) tinham combustível suficiente para abastecer as aeronaves somente até ontem (23), em razão da greve de caminhoneiros e do bloqueio às distribuidoras.

Congonhas é um dos três aeroportos mais movimentados do País. Nele fica a rota de maior circulação de passageiros do Brasil, a ponte aérea Rio-São Paulo.

Outros sete aeroportos têm combustível para um ou no máximo dois dias, segundo o relatório. São eles Santos Dumont, no Rio de Janeiro; Goiânia, em Goiás; Teresina, no Piauí; Campo Grande, em Mato Grosso do Sul; Ilhéus, na Bahia; Foz do Iguaçu e Londrina, no Paraná.

O alerta foi dado pelo Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago), no "relatório de monitoramento da mobilização dos caminhoneiros".

O relatório diz respeito apenas aos aeroportos administrados pela Infraero; os gerenciados por empresas privadas não entram na lista.

Em Fortaleza, por exemplo, a Fraport informou que o funcionamento do Aeroporto Internacional Pinto Martins - Fortaleza Airport - foi normal. Já Brasília, restringiu o recebimento de aeronaves com pouco combustível.

"A Inframerica, administradora do Aeroporto de Brasília, informa que o combustível para aviação é insuficiente para a manutenção da operação regular do terminal aéreo", divulgou a concessionária. "Como medida, somente pousarão no Aeroporto de Brasília aeronaves com capacidade para decolar sem a necessidade de abastecimento no Terminal brasiliense".

LEIA AINDA:

> Sem trégua nos protestos, situação se agrava; Petrobras corta 10% no diesel
> Alimentos até 100% mais caros no Ceará
> Supermercados temem escassez
> Comércio tem atraso em produtos
> Gasolina dispara e vai  a R$ 5 no Interior do CE 
> Preço do diesel é congelado por 15 dias para negociações
> Ceará e outros 21 estados do Brasil vivem três dias de caos 
> Setor de laticínios sofre 'isolamento'
> Motoristas de reboque realizam ato em Fortaleza
> Correios suspendem o Sedex
> Ceará: abastecimento de combustível ameaçado 
> Câmara aprova zerar PIS-Cofins
> Postos não aderem a dia sem tributos
> Dólar se aproxima  de R$ 3,60; Bolsa recua
Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.