Novo superprédio na Beira-Mar de Fortaleza terá 51 andares e 172 metros de altura; veja detalhes
Edifício de luxo deve ter apartamentos com piscina privativa, duas salas e hall particular
A beira-mar de Fortaleza pode ser ocupada por uma série de superprédios nos próximos anos, que ultrapassam o limite de altura permitido, mas ganham autorização de construção a partir do mecanismo de outorga onerosa.
Um dos projetos é o Residencial Beira-Mar, da construtora Moura Dubeux, que deve ter 51 andares. O edifício de 172 metros deve instalado na Avenida Beira Mar, ao lado do Clube do Náutico, com área total de 2.670 m².
Entre os pavimentos, cinco são dedicados a estacionamento, com 344 vagas para veículos — pelo menos quatro por apartamento.
O edifício terá um pavimento dedicado a lazer, com piscina, deck coberto, spa, espaço gourmet, academia, salão de jogos, playground e quadra.
Um salão de festas amplo deve ficar em outro pavimento, ao lado de sala de reuniões e brinquedoteca. Todas as unidades terão elevador com hall privativo.
O projeto prevê 78 apartamentos ao todo, divididos em 43 andares. Há três tipos diferentes de unidades residenciais, com área privativa de 312,48 m² a 659,50m².
Serão 36 unidades com área privativa de 312,48 m², com três suítes, duas salas e área de serviço. Outros 34 apartamentos terão 342,37 m², com uma suíte adicional.
Haverá também apartamentos de 659,50 m², que ocupam um pavimento inteiro. São oito unidades desse patamar, com cinco suítes, duas salas, cozinha gourmet, adega, piscina exclusiva e varanda.
Segundo Fernando Amorim, diretor de Incorporação da Moura Dubeux, o projeto deve ser lançado em 2025. O investimento do edifício será divulgado na ocasião.
PAGAMENTO AO MUNICÍPIO DE R$ 39 MILHÕES
O edifício supera em 100,01 metros o limite de altura da região e ultrapassa também as taxas permitidas de ocupação do solo e ocupação do subsolo.
Na prática, os empreendimentos podem superar os limites estabelecimentos se pagarem uma taxa à Prefeitura de Fortaleza. No caso do Residencial Beira-Mar, o valor pago pela construtora deve ser de R$ 39 milhões.
A flexibilização dos parâmetros para permitir a construção dos superprédios foi permitida pela lei de Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo, sancionada em 2015.
O valor é calculado com base na área e no valor do terreno, no índice de aproveitamento (indicador utilizado para definir a quantidade máxima que pode ser erguida) e no fator de planejamento.
A construção do residencial também foi examinada devido à proximidade com o Clube Náutico Atlético Cearense, edificação tombada por legislação de proteção do Patrimônio Histórico-Cultural.
A Célula de Gestão do Patrimônio Material da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Fortaleza não se opôs à construção do superprédio, caso sejam atendidas condições explícitas em parecer técnico.