Nova fase do Open Banking começa hoje; entenda o que é e as vantagens para os clientes

Sistema de compartilhamento de dados entra em vigor nesta sexta (13) no Brasil

Escrito por Redação ,
Legenda: Sistema vai permitir compartilhamento de dados entre instituições financeiras
Foto: Shutterstock

Iniciado em fevereiro no Brasil, o Open Banking surgiu a partir de uma iniciativa do Banco Central para compartilhamento aberto de dados entre instituições financeiras. A segunda fase do sistema entra em vigor nesta sexta-feira (13). 

Nesta etapa, será realizada a troca de informações cadastrais e transações financeiras. A previsão é de que a implementação total seja feita até 30 de setembro de 2022.  

Inicialmente, a data prevista era 30 de agosto deste ano, no entanto, o prazo foi adiado pelo BC para que o sistema esteja disponível para uso de forma precisa e com tempo satisfatório para que as instituições possam se adaptar. 

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Ainda pouco conhecido, a modalidade, também chamada de Sistema Financeiro Aberto, é uma tendência mundial e já foi implementada no Reino Unido, na Austrália e na Índia, por exemplo. Já os Estados Unidos e Canadá estudam o desenvolvimento da tecnologia.  

O que é o Open Banking? 

De acordo com o BC, o sistema consiste no “compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por meio de abertura e integração de sistemas, com o uso de interface dedicada para essa finalidade, por instituições financeiras, instituições de pagamento e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BC, de forma segura, ágil e conveniente”. 

Ou seja, a ferramenta integrada permite que, caso um cliente queira mudar de banco, por exemplo, pode reunir todo o histórico e levá-lo para onde quiser ou mesmo para contratar um empréstimo em uma instituição diferente da que é correntista.  

Para isso, o Open Banking será realizado em quatro fases: dados sobre a instituição participante; dados sobre o cliente; serviços; e outros dados. Veja alguns dos serviços e dados que serão compartilhados: 

  • produtos e serviços relacionados a contas de depósito.
  • contas de pagamento pré-pago;
  • produtos e serviços relacionados a operações de câmbio;
  • credenciamento em arranjos de pagamento;
  • investimento;
  • seguros e previdência complementar aberta;
  • operações de câmbio 

Quais são as vantagens para o cliente? 

Vale ressaltar que o compartilhamento de dados pessoais dos clientes só pode ser feito após a autorização prévia. "O consentimento deve se caracterizar como manifestação livre, informada, prévia e inequívoca de vontade, feita por meio eletrônico, pela qual o cliente concorda com o compartilhamento de dados ou de serviços para finalidades determinadas”, afirma o BC.  

Essa autorização será feita agora na segunda fase, que se inicia hoje, com a permissão de compartilhar dados como cadastros, transações em conta, informações sobre cartões e operações de crédito com instituições da escolha do cliente. A liberação pode ser revogada pelo cliente a qualquer momento.  

Assim, caso o cliente autorize o compartilhamento, ele poderá ter mais liberdade e autonomia. Além de adquirir mais agilidade e menos burocracia para a contratação de novos produtos e serviços em diferentes instituições.  

Com um dos objetivos de aumentar a competitividade, os bancos vão ter de oferecer melhores serviços e opções para os clientes, o que pode levar a melhores políticas de crédito, ofertas mais direcionadas aos perfis, por exemplo.  

Os dados serão realmente protegidos? 

A definição do BC é de que as instituições participantes serão responsáveis pela qualidade dos dados e pela segurança do compartilhamento, conforme as regras estabelecidas e política de segurança cibernética. 

Para isso, todas as instituições devem adotar uma tecnologia padronizada, conhecida como API (Application Programming Interface). Essa aplicação é composta por padrões de programação capazes de absorver diferentes informações.  

Essas API’s vão ser desenvolvidas pelas instituições participantes e devem ser abertas, de modo a permitir o compartilhamento dos dados somente entre o mercado financeiro com o consentimento do cliente.  

Quais instituições vão participar? 

Podem participar do Open Banking as mais diversas instituições financeiras, entre bancos, instituições de pagamento, fintechs e outras organizações autorizadas pelo Banco Central. A lista completa pode ser conferida no site. Veja alguns dos participantes: 

  • Bradesco 
  • Banco BTG Pactual 
  • Banco C6
  • Banco do Brasil 
  • Banco do Nordeste
  • Caixa Econômica Federal
  • Inter
  • Itaú 
  • Santander
  • Cielo
  • Neon
  • Nu Pagamentos
  • Pagseguro
  • PayPal 
  • Serasa
  • outros 
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