Governo descarta mudança na validade de alimentos para reduzir preços; entenda
Ministro da Casa Civil afirma que não haverá intervenção governamental para forçar de modo artificial a queda dos preços

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou em entrevista à CNN Brasil, nesta quarta-feira (22), que entre propostas em análise que poderiam contribuir com a redução do preço dos alimentos no País, a comercialização de produtos vencidos não é cogitada. E afirmou que não haverá intervenção do Governo para forçar, de modo artificial, a queda dos preços.
"O presidente Lula se reuniu com as entidades atacadistas de supermercado no final do ano passado e elas apresentaram um conjunto de sugestões, foram várias. A venda de produtos com validade vencida não é a cultura, nem a prática do Brasil. Para alimentos, para uso pessoal, eu acho que não faz parte da nossa cultura isso, e não está no nosso cenário adotar essa medida", disse Costa, conforme as informações divulgadas pela Casa Civil.
Em novembro de 2024, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou nota e ressaltou, entre propostas apresentadas ao Governo "para estimular a economia e ampliar o poder de compra da população", a "modernização dos prazos de validade dos produtos".
Encontros, conforme Costa, acontecerão nas próximas semanas e pretendem definir, com ministros e representantes dos setores envolvidos, soluções para o aumento da produção de alimentos que tiveram maiores variações de preços recentemente.
"O Governo tem vários programas já existentes de estímulo à produção alimentos agrícolas do País organizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os dois ministérios devem apresentar sugestões para que tipo de medidas podem ser adotadas para estimular uma maior produção", disse.
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Propostas serão analisadas
Ainda segundo Rui Costa, o Governo não trabalha com a hipótese de lançar um pacote único com diversas medidas para o setor. "Nós vamos discutir as propostas que foram apresentadas pelas associações que representam o setor de produção de alimentos e o que mais for acrescentado pelos ministérios e havendo concordância e viabilidade técnica e jurídica, o Governo irá apresentar e implementar", pontuou.
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