Feijão, milho e mais: produção de grãos deve ser menor no Ceará neste ano; confira lista
A previsão atualizada para a colheita estima 574,7 mil toneladas
Com chuvas irregulares, a projeção para a safra de grãos do Ceará neste ano ficou em 574,7 mil toneladas, volume 27,65% menor que o obtido em 2020 (794,4 mil toneladas).
O prognóstico é do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado nessa quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Conforme a pesquisa, dos 21 produtos monitorados, sete tiveram redução na expectativa de produção em setembro e apenas quatro apresentaram elevação.
Confira itens que devem ter queda na produção:
- Arroz de sequeiro
- Arroz irrigado 2ª safra
- Feijão-de-corda 2ª safra irrigado
- Milho grão sequeiro 1ª safra
- Fava
- Feijão de arranca 1ª safra
- Algodão herbáceo sequeiro
A redução na produção do arroz de sequeiro ocorreu diante da queda na área plantada e na produtividade, ambos em decorrência da irregularidade na distribuição das chuvas.
Já o recuo da área plantada do arroz irrigado 2ª safra é explicado a partir do custo dos insumos e da energia elétrica, da readaptação das áreas sem várzea em Quixelô e da disponibilidade de água.
Cultivado em todos os municípios do Estado, o feijão de arranca 1ª safra se deu pela redução dos rendimentos com as chuvas irregulares em Alcântaras e Meruoca.
No caso do feijão de corda 2ª safra irrigado, a área plantada foi diminuída por conta dos custos com energia elétrica e da mão de obra, além de ter sido substituída pela carcinicultura.
Também importante grão no Ceará, o milho de sequeiro 1ª safra sofreu baixas na área plantada e no rendimento ocasionadas pela escassez de chuvas.
Confira itens que devem ter aumento na produção:
- Arroz irrigado 1ª safra
- Feijão-de-corda 1ª safra sequeiro
- Feijão-de-corda 2ª safra sequeiro
O arroz irrigado 1ª safra apresentou crescimento da produção em virtude do crescimento da área.
As chuvas concentradas em Uruburetama, Paraipaba e Aracoiaba elevaram o rendimento do feijão de corda 1ª safra sequeiro, atingindo maior retorno que a média dos últimos onze anos e elevando a projeção para a safra de 2021.
O mesmo ocorreu em Horizonte, puxando para cima o prognóstico para a produção do feijão de corda 2ª safra sequeiro.
Safra 2021/2022
Também nessa quinta-feira (7), a Companhia Nacional de Abastecimento divulgou projeção para a safra 2021/2022. Segundo o levantamento, o Ceará deve obter 653,6 mil toneladas de grãos na próxima colheita, volume 10,1% maior que as 593,5 mil toneladas da safra 2020/2021.
A variação é a terceira maior do Nordeste, atrás somente do Piauí, que deve atingir crescimento de 10,7%, totalizando 5,5 milhões de toneladas, e da Paraíba, que deve obter alta de 15,8%, alcançando 93 mil toneladas.
O Nordeste deve atingir 24,4 milhões de toneladas de grãos produzidos na safra 2021/2022, o que representa um aumento de 3,5%.