Entenda como está o projeto que privatiza os Correios
Segundo declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira, o projeto que possibilita a privatização da estatal deve ser prioridade
A privatização dos Correios pode ter um passo importante ainda nesta semana. De acordo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o assunto deve ser prioridade na volta dos trabalhos dos parlamentares nesta semana.
A mensagem é do Executivo, e será analisada nos próximos dias pelo Congresso Nacional. O projeto, polêmico, deve ganhar forma quando o tema for apreciado pelo Legislativo.
Em declaração à GloboNews na última quarta-feira (28), Lira afirmou que a privatização da estatal e a reforma do imposto de renda devem ser tratados com prioridade logo na primeira semana após o recesso parlamentar. Apesar da demora na análise, o assunto não saiu do radar.
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O projeto de lei (PL) que possibilita a privatização dos Correios foi apresentado à Câmara em fevereiro, mas ainda não entrou em pauta. Caso o projeto seja aprovado, o capital da empresa, que hoje é estatal, será completamente aberto.
O assunto divide opiniões. Ao mesmo tempo que críticos afirmam que a privatização pode reduzir a abrangência do serviço e torná-lo mais caro, nomes do governo defendem que o processo é essencial para a preservação da empresa.
Serviço será garantido
De acordo com declaração do ministro das Comunicações, Fábio Faria, na última segunda-feira (2), o serviço dos Correios será garantido "mesmo para as pessoas que não podem pagar" caso a estatal seja, de fato, privatizada.
Em pronunciamento em rede nacional de rádio de TV, o ministro defendeu a privatização dos Correios como uma forma de dar eficiência, agilidade e pontualidade ao serviço, permitindo o crescimento da empresa e a geração de empregos.
Consultorias apoiaram o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no estudo detalhado sobre o que precisa ser preservado e melhorado na empresa. Depois, na Câmara, o projeto foi aprimorado, estabelecendo limites de preço e uma tarifa social, que garantirá os serviços mesmo para as pessoas que não podem pagar
Apoio dos parlamentares
Ao fim do pronunciamento, Faria pediu apoio dos parlamentares para viabilizar a aprovação do texto.
"Por isso eu peço apoio a todos os deputados e senadores que deem atenção ao tema, porque só assim manteremos essa empresa secular que tanto orgulha nossos brasileiros. Esta é a última oportunidade de garantir a sobrevivência dos Correios", declarou.
O ministro defendeu, ainda, que a privarização permitirá aos Correios expandir negócios no Brasil e no exterior.