Cesta básica fica 0,47% mais barata na capital cearense em setembro

O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 832,11 no mês passado

Escrito por Regina Carvalho ,

O fortalezense pagou um pouco menos em setembro para adquirir o conujunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica da Capital cearense. Houve queda de 0,47% no custo da alimentação básica. Com isso, o trabalhador, para adquirir os produtos, respeitadas as quantidades definidas para a composição da cesta, teve que desembolsar R$ 277,37.

Considerando o valor e, tomando como base o salário mínimo vigente no País de R$ 724,00 (correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas), pode-se dizer que o trabalhador teve que despender 84 horas e 17 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade. O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 832,11.A cesta fortalezense é a quinta mais barata do País.

A deflação no valor da cesta básica foi influenciada pela baixa de cinco itens, destaque para os preços do tomate (-10,00%), da farinha (-3,74%) e da banana (-3,30%). O produto com maior elevação de preço foi a carne (4,09%).Observando as variações semestral e anual da cesta básica, em Fortaleza, verifica-se que foram de -3,16% e 7,35%, respectivamente. Isto significa que a alimentação básica em setembro de 2014 (R$ 277,37) está mais barata do que em março de 2014 (R$ 286,41) e mais cara que em setembro de 2013 (R$ 258,37).

Em setembro, os preços do conjunto de bens alimentícios essenciais diminuíram em 11 das 18 cidades onde o Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores quedas foram registradas em Recife (-1,99%), São Paulo (-1,39%), Natal (-1,18%), Campo Grande (-1,13%) e Salvador (-1,02%). As altas foram apuradas em Goiânia (1,36%), Aracaju (1,15%), Brasília (1,10%), Porto Alegre (0,62%), Manaus (0,26%) e Florianópolis (0,04%). Em Belo Horizonte, o valor da cesta quase não variou (0,01%).

Florianópolis foi a cidade onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 340,76). A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 333,12), seguida por Vitória (R$ 328,33). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 233,18), Salvador (R$ 263,63) e Natal (R$ 267,39).

Com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em setembro deste ano, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.862,73, ou seja, 3,95 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00.

Em agosto, o mínimo necessário era de R$ 2.861,55, as mesmas 3,95 vezes o piso vigente. Em setembro de 2013, era menor e correspondia a R$ 2.621,70, ou 3,87 vezes o mínimo da época (R$ 678,00).

No acumulado dos primeiros nove meses de 2014, 11 capitais apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (7,57%), Florianópolis (6,71%), Recife (3,82%), João Pessoa (3,77%) e Brasília (3,73%). As reduções foram verificadas em Campo Grande (-5,37%), Belo Horizonte (-2,79%), Natal (-2,18%), Manaus (-1,70%), Salvador (-0,57%), Porto Alegre (-0,46%) e Curitiba (-0,08%).

Em 12 meses, entre outubro de 2013 e setembro último, 16 cidades tiveram variações positivas, com destaque para Florianópolis (21,23%), Rio de Janeiro (10,55%) e Vitória (8,88%). As retrações ocorreram em Campo Grande (-1,91%) e Manaus (-0,60%).

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