Cachaça, fantasias e serpentina: confira os itens carnavalescos com maior tributação

As bebidas alcóolicas lideram a lista, com a carga tributária chegando a até 81% do valor final do produto

Escrito por Heloisa Vasconcelos , heloisa.vasconcelos@svm.com.br
Legenda: Itens normalmente utilizados na folia têm uma carga tributária maior
Foto: Thiago Gadelha

O período carnavalesco está se aproximando e, além da folia nas ruas, isso significa uma maior arrecadação para o Estado. Isso porque alguns dos itens com maior carga tributária têm um aumento expressivo de consumo. 

Considerados supérfluos, os itens carnavalescos possuem uma porcentagem elevada de impostos embutidos no valor final comercializado. Em alguns casos, essa carga chega a até 81% no estado, de acordo com levantamento do Conselho Regional de Contabilidade do Ceará (CRC-CE). 

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A maior tributação está nas bebidas alcoólicas, como a cachaça, que lidera o ranking dos campeões de impostos no Carnaval. Outros itens como fantasias, spray de espuma e serpentina também compõem a lista. 

No primeiro Carnaval depois das medidas de isolamento social devido à pandemia, passagens aéreas e hospedagem tiveram um aumento na carga tributária embutida em comparação com antes de 2020. A tributação, que era de 10%, hoje ultrapassa os 20%.  

Maior tributação para supérfluos

O presidente do CRC-CE, Fellipe Guerra, explica que esses itens possuem uma carga tributada mais onerada por serem considerados supérfluos, com pouca essencialidade na vida das pessoas. É esperado um aumento de arrecadação no Carnaval já que esses produtos são mais consumidos nesse período. 

“Tendo em vista esse aumento exponencial de consumo em virtude da época, estamos em um momento festivo, especialmente após anos de distanciamento, é nesse aspecto que temos uma expectativa de aumento de arrecadação no período de Carnaval”, afirma. 

Ele destaca que os principais impostos são sobre consumo, como é o caso do ICMS. Portanto, o consumidor não percebe que está pagando muito devido ao tributo já estar embutido no preço. 

Guerra aponta que não há como estimar quanto a arrecadação do estado irá crescer com o período carnavalesco, já que isso depende de variáveis como consumo, turismo e taxa de hospedagens nos hotéis. A Secretaria da Fazenda (Sefaz) também não possui o número.  

Quem quer pagar menos imposto não tem outra alternativa: só evitando consumir esses produtos de forma exagerada, reduzindo a compra. 

Campeões de impostos 

  • Cachaça: 81% 
  • Caipirinha: 76,66% 
  • Chope: 62% 
  • Cerveja lata: 47,2% 
  • Refrigerante lata: 46,47% 
  • Spray de espuma: 45,94% 
  • Confete e serpentina: 40% 
  • Biquínis: 40% 
  • Fantasias, roupas e acessórios: 34% 
  • Hospedagem: 29% 
  • Passagens aéreas: 22% 

 

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