Bovespa sobe 0,19% na contramão de NY

Escrito por Redação ,
O mercado de ações doméstico fechou ontem em alta e na contramão das bolsas norte-americanas. Os dados fracos do relatório do mercado de trabalho norte-americano derrubaram os índices em Wall Street, mas o avanço da economia brasileira no primeiro trimestre serviu de chamariz e os investidores foram às compras. A Bovespa, no entanto, perdeu o vigor no final. O Ibovespa terminou a sessão com ganho de 0,19%, aos 64.340,50 pontos. Na mínima, registrou 63.628 pontos (-0,92%) e, na máxima, os 64.979 pontos (+1,18%). Na semana, acumulou ganho de 0,07%, mas, no mês, recua 0,43%. No ano, a queda é de 7,16%. O giro financeiro totalizou R$ 6,050 bilhões.

A leitura dos especialistas para o comportamento desta sexta-feira foi a de que a Bovespa, no final das contas, acabou ficando barata em relação a suas pares e, diante de indicadores fracos lá fora, voltou a se tornar atrativa. O indicador-guia da sessão era o payroll norte-americano e, assim como os dados da ADP de dias atrás, decepcionou ao entregar contratações abaixo das expectativas. O relatório do mercado de trabalho mostrou que os EUA criaram 54 mil vagas de emprego em maio, bem abaixo da previsão de +160 mil. O Dow Jones terminou o dia em baixa de 0,79%, aos 12.151,26 pontos, o S&P baixou 0,97%, aos 1.300,16 pontos, e o Nasdaq perdeu 1,46%, aos 2.732,78 pontos.

Hoje, os papéis dos setores de consumo e de varejo estiveram entre os mais demandados, diante da perspectiva de atividade aquecida. Lojas Renner ON subiu 4,12%, Lojas Americanas PN, 2,94%, B2W ON, 2,17%, Hypermarcas ON, 0,32%. Petrobras ON caiu 0,94% e PN, 0,71%.

O mercado de câmbio doméstico seguiu de perto a tendência mundial de enfraquecimento da moeda americana, nesta sessão de negócios. Os números divulgados ontem sobre a geração de empregos no país mais rico do planeta coroaram uma sequência já longa de indicadores frustrantes do gigante americano. Em vez dos 170 mil empregos previstos, a economia dos EUA entregou menos de 60 mil novos postos no mês passado. A cotação do euro avançou de US$ 1,4482 para US$ 1,4624 no mercado internacional. E o dólar comercial recuou para R$ 1,576 nas últimas operações, em um decréscimo de 0,12% no dia, e de 1,56% na semana.
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