Arrecadação federal bate recorde em maio e é a maior em 27 anos
Na comparação com maio de 2020, a alta de receitas foi de 69,9%, já descontada a inflação do período
A arrecadação federal atingiu R$ 142,1 bilhões em maio, melhor resultado para o mês da série histórica do governo, iniciada em 1995. O dado foi apresentado nesta terça-feira (29) pela Receita Federal.
Na comparação com o mesmo mês de 2020, a alta de receitas foi de 69,9%, já descontada a inflação do período. Mesmo em relação a abril de 2019, antes da pandemia do coronavírus, a comparação mostra um resultado 14% melhor.
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Impacto da pandemia
A partir de março de 2020, com o início da crise sanitária, cidades aplicaram medidas restritivas e de isolamento social com o objetivo de minimizar a disseminação do vírus.
Além dessas ações, que fecharam comércios e reduziram fortemente a arrecadação no ano passado, o governo adiou os prazos de vencimento de tributos para aliviar o caixa das empresas.
O Ceará obteve uma arrecadação de R$ 14,4 bilhões, valor 2,56% menor que em 2019, quando ainda não havia os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Conforme a plataforma do Confaz, maio foi o pior mês, quando o Estado arrecadou R$ 742 milhões. Em maio de 2019, esse valor foi de R$ 1,63 bilhão.
De abril, primeiro mês completo após a confirmação dos primeiros casos de covid-19 no Ceará, a dezembro de 2020, a arrecadação foi menor que a do ano anterior.
Apesar da pandemia, a arrecadação do ICMS chegou a R$ 13,23 bilhões no ano passado, uma leve alta de 0,58% ante 2019 (R$ 13,15 bilhões).
Neste ano, a taxa de isolamento social nas cidades está menor. O número de impostos adiados foi mais baixo e a quantidade de empresas que optaram pela suspensão de pagamento também foi reduzido.
Por causa desses fatores, a base de comparação com 2020 é muito baixa, o que explica a diferença expressiva dos resultados para o mês.
Arrecadação do Ceará
A arrecadação do Ceará entre janeiro e abril foi a terceira maior do Nordeste, atrás apenas de Pernambuco (R$ 7,81 bilhões) e da Bahia (R$ 11,36 bilhões).
Em termos de variação, o Estado conseguiu a segunda melhor recuperação da Região. Somente a Paraíba, com avanço de 20,1% teve crescimento maior.
Confira o ranking do Nordeste:
- Bahia R$ 11,36 bi (+18,29%)
- Pernambuco R$ 7,81 bi (+16,07%)
- Ceará R$ 5,6 bi (+19,37%)
- Maranhão R$ 3,49 bi (+17,77%)
- Paraíba R$ 2,56 bi (+20,10%)
- Rio Grande do Norte R$ 2,24 bi (+14,73%)
- Piauí R$ 2,1 bi (+18,81%)
- Alagoas R$ 1,93 bi (+21,35%)
- Sergipe R$ 1,5 bi (+17,82%)
Demais impostos
A arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) também cresceu, passando de R$ 639,5 milhões para R$ 719,23 milhões. Com a alta, o tributo é o equivalente a 0,42% do total arrecadado.
O monitoramento do Confaz ainda aponta o resultado do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD). O Estado angariou R$ 23,6 milhões com o imposto contra os R$ 17,5 milhões do ano passado.