Marcius Melhem defende que denúncia de Dani Calabresa e outras sete mulheres é 'junção de vinganças'

Defesa do grupo disse que afirmações do antigo diretor da TV Globo são "uma estratégia comum de acusados de assédio"

Escrito por Redação ,
Marcius Melhem
Legenda: Humorista é acusado pelas supostas de vítimas de praticar assédio sexual e moral
Foto: reprodução/TV Globo

Denunciado por assédio sexual e moral por oito mulheres, entre elas a atriz Dani Calabresa, o ex-diretor da TV Globo Marcius Melhem disse, em entrevista exibida nesse domingo (18) no programa Domingo Espetacular, que a ação se trata de "uma junção de vinganças" e, ao contrário do que consta no processo, as supostas vítimas se conheciam. 

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"É óbvio que essas mulheres se conheciam. Eram do mesmo núcleo... Vamos falar em tese: eu e você trabalhamos juntos e queremos denunciar o chefe. Nós falamos no WhatsApp durante um ano. Nós combinamos versões. Elas [queriam] estabelecer um padrão sobre mim. Ficou claro que elas tinham combinação", argumentou à Roberto Cabrini. 

"Conheço [as oito mulheres]. Elas trabalhavam comigo. Não tenha dúvida [de que elas se beneficiariam com as denúncias... o que posso dizer é que é uma junção de vinganças", continuou.

Para o antigo dirigente da Globo, a acusação de Calabresa aconteceu por que eles discordaram sobre uma decisão profissional. "Foi contrariada no [programa] 'Fora de Hora', quando eu queria que ela apresentasse ao lado do Paulo Vieira, mas ela queria fazer com um amigo, o Bento Ribeiro", relatou. 

Melhem afirmou ainda que ele e a atriz eram próximos e não mantinham uma relação de colegas de trabalho. "Dani em nenhum momento estava agindo como uma pessoa que estava reagindo para sair de uma saia justa. Ela buscava uma proximidade. Me chamava para viajar. Não era uma relação de chefe."

Na entrevista, ele defendeu que cinco das oito denunciantes prestaram solidariedade a ele após a primeira acusação pública de Calabresa, publicada em um jornal em dezembro de 2019, mas depois teriam o acusado. Segundo o ex-diretor, uma paixão não correspondida teria motivado uma delas, enquanto outra, que seria casada, teria dito ser assediada após descobrirem que ele era amante dela.

Nova testemunha 

Na entrevista, Melhem ainda disse que uma suposta nova testemunha dele seria uma amiga de Calabresa. Ele alegou que a atriz queria esconder essa pessoa, então não a teria chamado para compor o caso. Segundo o ex-diretor, os três se relacionaram em uma festa que teria motivado a denúncia de abuso sexual. 

Ao programa da RecordTV, ele disse que essa mulher teria o encontrado um mês após o episódio. "Como ela voltaria a me encontrar se assediei a melhor amiga dela?", questionou. 

"Tudo o que aconteceu na festa foi consensual. Nos relacionamos nessa festa, eu, Dani e uma amiga de Dani. [Trocamos] beijos e saímos felizes. Continuamos nos falando no dia seguinte, semana seguinte, meses seguintes", disse.

Melhem ainda defendeu que as mensagens de texto e a nova testemunha enfraqueceriam a narrativa de Calabresa e das outras sete denunciantes. 

O que diz a defesa das mulheres?

Conforme o portal o Uol, a representação do grupo que acusa o ex-diretor disse que "as denúncias são respaldadas por depoimentos e provas sólidas. Intimidar as vítimas e tentar desqualificá-las é, infelizmente, uma estratégia comum de acusados de assédio".

 

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