Band e Emílio Surita pagam indenização de quase R$ 400 mil para Luana Piovani por perseguição na TV
Conforme decisão, as imagens de Piovani foram exibidas com o objetivo de "elevar a audiência e lucrar comercialmente à custa da atriz"
O apresentador Emílio Surita, do Pânico, e a Band, pagaram uma indenização de R$ 384,9 mil a Luana Piovani, no último mês de julho. A condenação foi assinada pelo juiz Paulo Henrique Garcia, do Tribunal de Justiça de São Paulo, em outubro do ano passado. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (30) pela Folha de S. Paulo.
A ação da atriz contra a atração iniciou em 2014, quando a equipe dela alegou perseguição e dano moral. Contudo, a Justiça acatou apenas que a artista foi prejudicada pelo uso da imagem no programa, assim concordando com apenas o valor indenizatório. Foi desembolsado pela emissora R$ 308,1 mil, enquanto o apresentador pagou R$ 76,8 mil.
Rodrigo Scarpa foi o responsável por realizar a reportagem com o personagem Repórter Vesgo. O ator também foi citado na condenação. Contudo, Emílio Surita assumiu o valor que cabia ao humorista.
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Piovani alega que Pânico queria lucrar com sua imagem
Conforme documentos, o Pânico teria exibido um quadro que explorou a imagem da atriz durante 15 minutos, sem autorização ou pagamento. Segundo a decisão, as imagens da atriz foram exibidas visando "elevar a audiência e lucrar comercialmente à custa da atriz, sem que ela tivesse consentido com isso".
Também foram exibidos vídeos da artista na praia e em outras situações com o ex-marido, Pedro Scooby. A época, Piovani estrelava a série 'Dupla Identidade', da Globo, e a esquete imitava seu personagem.
O que dizem os envolvidos
A defesa de Luana afirmou no caso que a ex-modelo se sentia coagida para sair de casa. "Luana não pode sair de casa livremente porque, a qualquer momento, os réus ficam na espreita da autora espionando seus passos para a abordarem de surpresa com as mais odiosas agressões, coletando indevidamente suas imagens, que são exibidas no seu programa sem autorização", afirmaram seus advogados.
Já o programa e a emissora alegavam que a atriz tratava a imprensa de forma negativa e não "sabia lidar" com a posição de pessoa pública.
"É notório o comportamento intolerante e agressivo da atriz com os profissionais de imprensa e do meio artístico. Parece claro que ela não sabe lidar com a posição que ocupa, pois, como sabido, o desempenho da profissão de atriz exige simpatia, carisma e paciência", afirmava.