Plano de recuperação da Rabelo deixa 500 funcionários de fora

Ao todo, o plano de recuperação judicial deverá contemplar apenas 64 credores trabalhistas da empresa

Escrito por Redação , negocios@verdesmares.com.br
Legenda: Grupo Rabelo passa por um processo de recuperação judicial desde 2017

A assembleia geral de credores do Grupo Rabelo aprovou, ontem (21), o plano de recuperação judicial da empresa. A ata, agora, deverá ser analisada por um juiz da 2ª Vara de Recuperação de Empresas e Falência da Comarca de Fortaleza/CE para que então seja homologada e passe a valer. No entanto, grande parte dos funcionários do grupo varejista não estará contemplada pelo plano. A informação foi confirmada pelo advogado representando a Rabelo e um dos ex-empregados do grupo.

Ao todo, o plano de recuperação judicial deverá contemplar apenas 64 credores trabalhistas da empresa, enquanto cerca de outros 500 deverão ficar de fora das condições de pagamento. De acordo com Martônio Coelho, administrador judicial do processo que assegurou a conformidade da reunião de ontem, a ata detalha várias metodologias que deverão ser seguidas após a homologação.

Uma delas garante que credores trabalhistas com quem o grupo tem dívidas de até R$ 50 mil deverão receber o valor à vista em até 30 dias após a homologação do plano. Todas as dívidas da Rabelo anteriores ao plano deverão ser pagas nos moldes estabelecidos na reunião e descritos na ata. Outras dívidas menores serão regidas por outras condições.

Processo

Apesar da indicação de metodologia do pagamento das dívidas, cerca de 500 funcionários ligados ao Grupo Rabelo ainda não sabem como terão as pendências pagas pela empresa, que está em processo de recuperação judicial desde o ano de 2017.

Desde então, a Rabelo havia demitido os funcionários, mas o Ministério Público interveio e reverteu as demissões, fazendo com que os desligamentos aconteçam apenas após as negociações do plano. Sem mais contatos com a empresa, os funcionários envolvidos ainda tratam com incerteza se de fato receberão os valores estabelecidos pela Justiça do Trabalho. As informações foram confirmadas por um dos ex-empregados.

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