Mancha de óleo reduz 40% da movimentação em barracas de praia

Em algumas unidades, segundo a Associação dos Empresários da Praia do Futuro, a queda foi de quase 50%

Escrito por Redação ,
Legenda: "Houve realmente uma queda de movimento", pontua a presidente da AEPF, Fátima Queiroz.
Foto: Foto: Fabiane de Paula

O ainda inexplicável vazamento de óleo nas praias do Nordeste já está causando impactos na economia da Capital cearense. A classificação das onze praias da zona leste de Fortaleza como imprópria para banho, trecho que compreende a Praia do Futuro, reduziu o movimento das barracas de praia em torno de 40% no último fim de semana, segundo a Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF).

"Nós temos um público que vem mais pela barraca e não pelo de banho de mar, então, houve um entendimento, no primeiro momento, que não tinha refletido tanto. Mas, conversando ontem em uma reunião com os empresários, houve realmente uma queda de movimento. A insatisfação maior é porque aqui na Praia do Futuro, percorrendo a areia  não há uma quantidade tão grande que acabe prejudicando o banho das pessoas. Aqui e acolá a gente encontra um pontinho de óleo, mas nada alarmante", pontua a presidente da Associação, Fátima Queiroz.

Na barraca Itapariká, no entanto, a queda na frequência de clientes chegou aos 50%. "Esse alerta constante tem afetado o movimento, que caiu 50% nesse fim de semana passado. Nós gostaríamos que fosse mudado esse panorama, para que pudéssemos ter um fim de semana normal, principalmente porque esse próximo sábado é feriado", pontua Fernando Ramos Júnior.

A última avaliação das condições de balneabilidade foi divulgada na sexta (4) pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), com amostra coletada na segunda-feira (30 de outubro), entre 8h e 16h. O resultado mostrou que, embora os valores de coliformes termotolerantes estejam dentro dos padrões, dez dos onze pontos de amostragem apontaram que a ocorrência de óleo foi a causa de reprovação.

Poluição

"É preocupante pelo sentimento que a gente tem da natureza, a gente sabe que é um problema sério, que tem que ser corrigido imediatamente, mas nada que tenha esse impacto tão grande com relação a quem frequenta a Praia do Futuro onde tem as barracas. A notícia é como se a nossa praia tivesse muito afetada por esse resíduo. Mas, na verdade, não está. Hoje percorri da Itapariká até a Cuca Legal e não tive nenhuma mancha de óleo nos meus pés", diz  Fátima.

O próximo relatório da Semace será divulgado nesta sexta (11). De acordo com o órgão, há muita variação no resultado entre o dia da coleta e a divulgação do boletim. Por isso, a orientação é para os banhistas é observar a ocorrência de óleo na areia antes da decisão de entrar no mar. Caso veja algum resíduo na água ou na areia, a recomendação é considerar a praia imprópria para banho.

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