Nova low cost chega ao Brasil e estuda incluir Fortaleza nos planos

Companhia aérea chilena de baixíssimo custo anunciou operações em São Paulo, Salvador e Foz do Iguaçu, mas ainda não há qualquer negociação com o Estado do Ceará ou com a Fraport Brasil, segundo presidente da Jetsmart

Escrito por Hugo Renan do Nascimento* | São Paulo , hugo.renan@diariodonordeste.com.br
Legenda: Companhia começa no País com voos a São Paulo, Foz do Iguaçu e Salvador

A companhia sul-americana ultra low cost Jet-Smart anunciou, ontem (24), voos de Santiago, capital do Chile, para São Paulo (SP), Foz do Iguaçu (PR) e Salvador (BA). Segundo o CEO da empresa, Estuardo Ortiz, a companhia pretende prospectar novos destinos, o que incluiria Fortaleza. Porém, adianta que ainda não há negociações da aérea com o Governo do Estado ou com a Fraport Brasil, concessionária do Aeroporto de Fortaleza.

"Vamos continuar estudando novos destinos, incluindo Fortaleza. Se há demanda ainda, não sabemos ao certo. Isso é uma questão de tempo e não é imediato. É um processo. Ainda não há negociação alguma com o Governo do Estado e com a concessionária Fraport para voos da Jetsmart. Mas eu acredito que isso é um processo", admite.

De acordo com ele, as aeronaves utilizadas pela JetSmart (Airbus A320) possuem alcance para operar rotas entre Fortaleza e Santiago. "Se há demanda, não tem porquê não operar com esses aviões, mesmo que as viagens possam durar cerca de 5h ou 6h".

Preços

A JetSmart chega ao País com tarifas competitivas e significativamente mais baixas se comparadas com as que existem hoje no mercado brasileiro. Nos voos para Salvador, os preços iniciais de ida e volta com as taxas incluídas e sem bagagem despachada custam cerca de R$ 598.

Segundo Ortiz, os valores são acessíveis para a classe média brasileira. "Agora, nós estamos anunciando três rotas inicialmente. É um passo muito bom. Estamos muito focados nessas rotas. O Brasil tem um mercado com bastante potencial e nós gostamos disso", acrescenta o executivo.

Sobre a insegurança jurídica em operar no Brasil por conta da falta de decisão do Congresso Nacional sobre a cobrança de despacho de malas, Ortiz diz que não pode se antecipar sobre o futuro da companhia e que é cedo para qualquer posicionamento.

"Sobre as bagagens, eu posso dizer que esse modelo é o que funciona. O cliente decide se quer ou não despachar a bagagem, se escolhe ou não o assento".

Conforme o executivo, o modelo ultra low cost só tem rentabilidade se a companhia operar aeronaves novas. "Nossa eficiência operacional é muito alta porque voamos com as aeronaves mais novas de toda América do Sul. Não se pode fazer esse modelo sem aviões novos porque eles são mais eficientes", explica.

*O repórter viajou a convite da Jetsmart

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