Custo da refeição fora do lar avança 11,3% na Capital em quatro anos

Aumento foi bem menor que o de outras capitais do Nordeste no mesmo período, mas preço médio da alimentação individual em Fortaleza ainda foi o quarto mais alto na região em 2018, aponta levantamento da Ticket

Escrito por Redação , negocios@svm.Com.Br
Legenda: Custo médio da refeição individual em Fortaleza passou de R$ 29,19 em 2014 para R$ 32,49 em 2018, aponta estudo
Foto: FOTO: ANTONIO RODRIGUES 

O valor médio gasto pelos fortalezenses com uma refeição fora de casa avançou 11,3% na Capital nos últimos quatro anos, passando de R$ 29,19 em 2014 para R$ 32,49 em 2018, segundo levantamento da Ticket. O avanço do custo da alimentação individual de Fortaleza foi bem menor que o de outras capitais do Nordeste no período, ficando atrás de Salvador (44%), Natal (32,52%), João Pessoa (27,51%), Aracaju (25,2%) e Maceió (12,23%).

O aumento do preço médio da refeição na Capital foi mais alto apenas que as variações observadas em Recife (9,35%), Teresina (7,36%) e São Luís (6,08%). Em comparação às outras regiões, o Nordeste obteve a menor evolução percentual do preço médio da alimentação fora de casa nos últimos cinco anos, passando de R$ 26,98, em 2014, para R$ 32,66 no ano passado, um aumento de 21,05%.

Com a desaceleração dos preços em Fortaleza frente a outras capitais da região, o custo médio da refeição individual na cidade deixou de figurar entre as mais caras do Nordeste, caindo da terceira para a quarta posição no ranking, atrás somente de Salvador (R$ 36,62), Aracaju (R$ 36,26) e Natal (R$ 32,80). O custo em Fortaleza também é menor que a média nacional, que passou de R$ 27,36, em 2014, para R$ 34,84, em 2018, um avanço de 27,33%.

"Nos sete primeiros meses de 2019, nós passamos por momentos de poucos avanços no crescimento das empresas do setor em relação aos outros anos por conta da insegurança política e econômica, que se desestabiliza", explica Rodolphe Trindade, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel-CE).

Mas dados os indícios de retomada do crescimento econômico e a perspectiva de que a economia tome mais fôlego, o setor está otimista para os resultados deste ano. "No segundo semestre de 2019, a confiança dos empresários ficou mais forte, e o ritmo de crescimento foi maior. Estamos mais confiantes de que, em 2020, o consumo das famílias seja bem maior do que o deste ano", prevê.

Novos hábitos

Conforme o levantamento, houve no ano passado um incremento de R$ 3,30 no custo médio da alimentação individual em quatro anos na Capital. "Esse resultado se deve a vários fatores. O primeiro deles é que as famílias hoje em dia têm outros hábitos se compararmos com outros anos. Agora, elas estão trabalhando mais horas e não têm tempo de cozinhar, por isso preferem comer fora para poupar tempo. Antes, a alimentação fora do lar era algo pontual, hoje é uma atividade comum na vida do consumidor e se você calcular, com certeza sai mais barato", diz Trindade.

O presidente da Abrasel-CE também acrescenta que a alimentação fora do lar é um grande fomento para o setor de serviços. "O nosso segmento é o que mais cresce em todo o País e o que mais emprega, com mais de seis milhões de carteiras assinadas, mais de dois milhões de empresas formais e mais de 800 mil informais no Brasil. E com a recessão, a maioria dos desempregados migra para este ramo de alimentação fora do lar. É um setor que acolhe muita gente", afirma.

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