Casas de câmbio chegam a vender o dólar a R$5,47 em Fortaleza

O dólar comercial ficou cotado a R$ 5,2010, alta de 3,97%. No pregão de ontem (18), foi acionado o sexto circuit breaker de março, igualando a quantidade de paralisações da bolsa de valores brasileira a 2008

Escrito por Redação ,
Legenda: Previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,15 até o fim do primeiro trimestre e continue perto de R$ 5 na segunda metade do ano
Foto: foto: Marcos Santos/USP Imagens

O dólar turismo chegou a R$ 5,47 nas casas de câmbio de Fortaleza. Segundo pesquisa da reportagem do Sistema Verdes Mares, a menor cotação da moeda foi a R$ 5,20, na Sadoc, enquanto a Confidence comercializava a R$ 5,47. A pesquisa foi feita em cinco estabelecimentos da Capital.

Ontem (18), a cotação do dólar fechou a R$ 5,2010, alta de 3,97%. Já a Bolsa brasileira teve recuo de 10,35%, semelhante aos resultados de 2008, ano da última crise financeira global. Portanto, o Ibovespa acumula queda de 42% em 2020, enquanto que em 2008 o índice caiu 41,22% (sem contar a inflação).

A forte valorização da moeda norte-americana na sessão foi contida por intervenções do Banco Central (BC). A autarquia fez três leilões da moeda à vista ao longo do dia, que totalizaram US$ 860 milhões. Também foram vendidos US$ 2 bilhões em leilão de linha.

O pregão foi marcado por forte aversão a risco devido aos temores de investidores quanto a uma recessão global provocada pelas medidas de combate ao coronavírus.

Estrategistas do banco francês Société Générale elevaram as previsões para o dólar nos mercados emergentes. No caso do Brasil, a previsão é de que a moeda fique em R$ 5,15 até o fim do primeiro trimestre, continue perto de R$ 5 na segunda metade do ano e chegue a R$ 5,25 ao fim do primeiro trimestre de 2021.

Bolsa

Segundo dados da Economatica, a queda em 2008 corrigida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 44,50%. Se a correção inflacionária for medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), a queda naquele ano foi de 46,12%. Na terça-feira (17), o Ibovespa fechou em 66.894 pontos, menor patamar desde agosto de 2017.

À época, a Bolsa se recuperava da forte queda de 18 de maio daquele ano, conhecido como Joesley Day, quando o Ibovespa caiu 8,8% e foi a 61 mil pontos após divulgação de conversa comprometedora entre o empresário Joesley Batista e o então presidente Michel Temer (MDB). Neste pregão, foi acionado o 6º circuit breaker de março, igualando a quantidade de paralisações a 2008. O mecanismo é acionado em quedas superiores a 10%, 15% e 20%, e suspende negociações por 30 minutos, 1 hora e tempo indeterminado, respectivamente.

O índice chegou próximo ao sétimo circuit breaker, com queda de 14,8% durante a tarde, mas acompanhou as Bolsas americanas e amenizou quedas. Nos Estados Unidos, Dow Jones caiu 6,30%, S&P 500, 5,18% e Nasdaq, 4,70%. Tanto a Bolsa de tecnologia Nasdaq quanto a Bolsa de Nova York também acionaram o circuit breaker no pregão.

Em mais um dia marcado pelas notícias do coronavírus, o dólar subiu e fechou o dia a R$ 5,20. Já a Bolsa teve forte desvalorização, com queda de 10,35% e com o sexto circuit breaker de março


 

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