Negócios nos EUA impactam o Estado, diz Angola Cables

Escrito por Redação ,
Legenda: Informação foi divulgada durante o INOVAtic NE, evento para empresas do setor de Tecnologia da Informação realizado ontem
Foto: FOTO: SAULO ROBERTO

Negócios fechados pela Angola Cables nos Estados Unidos e América Latina - e um europeu em negociação - já têm efeitos sobre Fortaleza, segundo revelou o CEO da empresa, Antonio Nunes. O executivo assegura que todas as operações que envolvem o data center e os cabos da companhia na Capital, como conectividade, e serviços de cloud (computação na nuvem) movimentam recursos no município, pois há o pagamento de impostos locais.

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O mundo deve significar negócios para Fortaleza, de acordo com Nunes, que contou ainda de uma demanda para a instalação de uma "mina" de criptomoedas no data center da Angola Cables na Capital. A proposta de um investidor europeu, no entanto, ainda está sendo analisada - até porque o data center ainda não está pronto -, mas o CEO afirma que a proposta "não é uma carta fora do baralho".

"Neste momento, a mineração de moeda digital está a ser uma procura internacional, portanto, o grande drama disso tem a ver com o custo de produtividade, o custo de operar. Temos uma demanda e estamos analisando qual o custo real de manter essa unidade a produzir, porque essas unidades consumem muita energia. Onde o preço da energia for otimizado tem rentabilidade", argumentou sobre como tem tratado a prospecção desse investimento.

Obras e prazos

A previsão de Nunes para a conclusão de todo o complexo que envolve o data center da companhia no Ceará é entre junho e julho. Atualmente, de acordo com o executivo, o equipamento encontra-se entre 50% e 60% concluído, e estão em curso os trabalhos para instalação das calhas dos cabos e coberturas. Já o complexo, onde está o escritório da empresa, tem cerca de 25% a 30% de evolução.

Sobre os planos de implantar um minidata center no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), o CEO da Angola Cables, diz ter cautela pois há a intenção, mas o projeto ainda está em negociação, e acrescentou que não devem construir nenhuma infraestrutura no Brasil.

A demanda local gerada a partir dos cabos e do data center também tem deixado a empresa satisfeita, segundo ele: "Hoje, a demanda do mercado é extremamente interessante. Vemos o Ceará e o Nordeste como área muito fértil de prospecção de negócios porque as pessoas estão interessadas em ter essa digitalização".

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