550 mil painéis solares devem chegar ao Pecém

Transportados em 768 contêineres, os painéis solares integraram o projeto do Complexo Solar Apodi, em Quixeré

Escrito por Redação ,

Até o fim de 2018, 550 mil painéis fotovoltaicos, ou placas solares, deverão entrar no Ceará pelo Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). A carga representa a movimentação de pelo menos 768 contêineres sendo transportados para impulsionar o mercado de geração de energia solar no Estado. Do total, já desembarcaram 478 contêineres carregados do material produzido pela GE Power. Segundo a assessoria de comunicação do Porto do Pecém, os painéis irão compor o Projeto Apodi, localizado em Quixeré (CE).

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"O Porto do Pecém vem se consolidando como principal porta de saída e entrada de mercadorias e está participando de mais um grande projeto para o Estado. O projeto de energia solar Apodi, após concluído, vai beneficiar mais de 250 mil residências com energia limpa, além de contribuir com o meio ambiente. Este é um dos objetivos do Porto do Pecém, promover o desenvolvimento responsável em todo o estado do Ceará", ponderou Danilo Serpa, presidente do Cipp.

A construção do Complexo Solar de Apodi, como já antecipou o Diário do Nordeste, em novembro do ano passado, deverá empregar entre 800 e 1,1 mil pessoas durante as fases de execução do projeto, sendo que 40% da mão de obra deve ser captada do mercado de trabalho local. A obra começou em 4 de outubro e deverá ser concluída até novembro de 2018.

O empreendimento tem investimento estimado em R$ 700 milhões e terá capacidade de geração de 162 megawatts (MW), suficientes para atender 250 mil residências. Do valor total que será investido, cerca de 65% (R$ 477,4 milhões) foi financiado pelo Banco do Nordeste, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O restante é de responsabilidade dos sócios na proporção da participação de cada um.

Para o diretor da Sou Energy, Carlos Kleber, empresa especializada em instalação e distribuição de energia solar, o Ceará é o estado brasileiro com o maior potencial de mercado na geração de energia fotovoltaica. "Somos hoje o estado com maior número de instalações e maior potência gerada; e temos capacidade para crescer ainda mais", analisou o executivo.

A afirmação do diretor da Sou Energy corrobora com dados da Associação Brasileira de Energia Solar, Absolar, que prevê crescimento de 358% no setor de Geração de Energia Distribuída em 2018 para o País. Esse sistema é o instalado em residências, empresas e indústria, e todo o excedente produzido é lançado na rede de distribuição em troca de desconto na conta de energia ao final de cada mês.

Já no sistema de Geração Centralizada, o sistema de usinas de energia solar, a previsão de crescimento na operação é de chegar à produção de 2 gigawatts (GW) no Brasil. Atualmente, o País produz 1,1GW.

Importação

A China ainda é o principal mercado exportador de placas fotovoltaicas para o Brasil, afirma Augusto Fernandes, CEO da JM Aduaneira, empresa especializada em gestão logística para processos de importação e exportação de cargas.

Segundo Augusto, o outro país que exporta produtos para o setor é a Alemanha. De lá, assim como da China, vem os conversores para o sistema. Esse equipamento é o responsável por converter a energia gerada pelas placas para as característica da rede elétrica local. No primeiro trimestre deste ano, a empresa atuou na importação de placas e insumos para uma usina que está sendo instalada no Piauí..

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