Thelma fala sobre prêmio do BBB 20: "vou curtir minha vitória e não vai ser brigando com racista"

Após levar R$1,5 milhão da disputa, a anestesista concedeu entrevista na tarde desta terça-feira (28)

Escrito por Mylena Gadelha , mylena.gadelha@svm.com.br
Legenda: "Eu entrei com o propósito de passar essa mensagem mesmo, da representatividade", relatou a vencedora da vigésima edição
Foto: Foto: divulgação/TV Globo

Grande vencedora da 20ª edição do Big Brother Brasil, Thelma Assis está aprendendo a lidar com o sucesso do pós-confinamento.  Após a final disputada ao lado das colegas Manu Gavassi e Rafa Kalimann, que levaram o 3º e o 2º lugar, respectivamente, a anestesista falou em entrevista sobre o futuro na medicina e a repercussão de episódios racistas no reality. "Racismo é crime e a gente corre atrás dos nossos direitos. Se confirmado, essas pessoas vão arcar com as consequências. Vou curtir minha vitória e não vai ser brigando com racista", pontuou sem hesitar. 

> Premiadas no BBB 20, Rafa e Manu comemoram repercussão positiva de participação no reality

Agora com a quantia de R$ 1,5 milhão recentemente adicionada à conta, a então ex-sister foi uma das finalistas que conversaram com a imprensa na tarde desta terça-feira (28). Entre os assuntos, a incredulidade diante de toda a repercussão do programa global, as reflexões sobre o futuro na carreira construída antes de aparecer na televisão e, além disso, as referências ao racismo estrutural apontadas durante a exibição da atração. 

"Lá dentro as coisas são muito intensas, mas ao mesmo tempo outras acontecem muito nas entrelinhas", opinou. Questionada sobre Gizelly Bicalho e o episódio com a maquiagem na toalha, Thelma chegou a passar a percepção que teria tido do ocorrido. No momento em questão, a capixaba Gizelly teria comparado a base utilizada pela paulista a barro. "O racismo estrutural existe e cabe a cada um de nós apontar, mas acho que nesse caso dela foi um erro. Pode doer sim, mas não creio que foi a intenção naquele momento".  

Da competição inclusive, Thelma afirma ter tido opiniões diferentes a partir de agora. No início como parte da "comunidade hippie", na qual Marcela, Daniel, Ivy e Gizelly tinham se fortalecido, ela afirma que demorou um pouco para perceber as mudanças no jogo. Na "vida real", ela prefere seguir com os que a apoiaram na reta final.

"O Babu eu iria hoje fácil iria para um boteco tomar um chopp com ele. Ele e as meninas mesmo, acho que são as pessoas que merecem a minha atenção aqui fora", disse animada.

Legenda: Rafa, Thelma e Manu foram as finalistas do programa
Foto: Foto: divulgação/TV Globo

Próximos passos 

Diante das mudanças na vida depois de vencer um dos maiores realities do país, Thelminha, como é chamada pelos fãs nas redes, faz questão de ressaltar a importância que dá a tudo já construído aqui fora. 

"Eu não imaginava a proporção que tudo isso fosse tomar. Estou muito feliz por as pessoas terem acolhido a minha história de vida", afirmou ao se dizer grata pelo apoio recebido por meio das redes sociais. Formada em medicina, Thelma disse que não deve abandonar a profissão. "Quero ter um contato maior com as pessoas nesse momento. Não sei como está meu mercado de trabalho com essa situação grave do coronavírus. Ele não era da linha de frente, o meu ambiente era o centro cirúrgico. Mas com certeza vou voltar porque lutei muito para conseguir. Só não sei dizer quando", comentou. 

Segundo ela, inclusive, a surpresa diante da situação mundial em meio à pandemia foi o que mais chamou atenção logo depois de deixar a casa do BBB 20. "Não tive a oportunidade de reencontrar meus colegas, saber como eles têm trabalhado. Provavelmente eles estão ficando em urgência e emergência. Quero me dispor a me ajudar no que puder e preciso ter meu primeiro contato com todos, principalmente relacionado à minha atividade. Deve estar bem crítica a situação".  

A partir de agora, ela deve seguir aproveitando os frutos do reality show, afirma que deseja investir o prêmio para fazer render e se diz orgulhosa de cada acontecimento. "Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa edição, que bateu recorde de votos, de uma edição que levantou essas bandeiras todas, o racismo o feminismo. O mais legal foi ver tudo ser feito de uma forma muito genuína. Estávamos agindo de encontro com as coisas que acreditamos", finalizou.

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