Treze policiais são investigados por suspeita de envolvimento na morte de empresário que delatou PCC
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo montou força-tarefa para elucidar crime
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo montou uma força-tarefa e investiga ao menos 13 policiais pela suspeita de envolvimento na morte do empresário Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), executado quando chegava ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última sexta-feira (8).
Conforme publicou o g1, oito policiais militares que faziam a escolta da vítima. Outros cinco policiais civis que ele denunciou por corrupção são investigados. Parte dos agentes de segurança da Polícia Militar e da Polícia Civil foi afastada. O número total não foi informado pelas autoridades.
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A ação também investiga a participação de um agente penitenciário, pessoas que deviam dinheiro a Vinicius e membros da facção criminosa que ele também delatou por estelionato.
No dia do ocorrido, câmeras de monitoramento gravaram dois homens encapuzados e com fuzis atirando. Os bandidos fugiram. Além do delator, um motorista de aplicativo foi atingido e morreu. Três pessoas que passavam pelo local ficaram feridas.
A força-tarefa criada pela SSP apura quem mandou matar Vinicius e quem executou o crime. O caso é investigado como "homicídio, lesão corporal e localização e apreensão de objeto".
O empresário era réu em processos de homicídio contra dois membros do PCC e por fazer lavagem de dinheiro para a facção. Ele respondia aos crimes em liberdade.
Vinicius formalizou um acordo de delação premiada com o Ministério Público, homologado pela Justiça em abril. Isso permitiria que ele tivesse uma redução das penas no caso de condenações. Em troca, ele denunciou integrantes da organização criminosa por lavagem de dinheiro e agentes de segurança por extorsão.