Três médicos são mortos a tiros em quiosque na Barra da Tijuca, no RJ; vídeo
Um dos mortos é irmão da deputada Sâmia Bomfim. Uma quarta vítima, também médico, foi socorrida. PF investigará o caso
Três médicos foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira (5), em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Conforme informações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, uma quarta vítima foi socorrida para uma unidade de saúde da região. Trata-se do médico Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, atingido por três tiros.
Ele passou por uma cirurgia ortopédica nas pernas nesta manhã, e o estado de saúde é considerado estável. A expectativa é que a vítima seja transferida para uma unidade particular. As informações são do portal g1.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e investiga as mortes de Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim. O nome da quarta pessoa não foi divulgado oficialmente, mas, segundo O Globo, é Daniel Sonnewend Proença.
"A perícia foi realizada no local, testemunhas estão sendo ouvidas e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas", disse ainda a Polícia Civil. Diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime.
Polícia acredita em execução
Segundo informações do g1, os mortos eram médicos ortopedistas de São Paulo que participariam de um congresso no Rio. A Polícia Civil acredita em execução, já que nada foi levado.
Uma das vítimas é irmão da deputada Sâmia Bomfim, do PSOL (SP). Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, chegou a ser levado para o Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos.
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Por meio das redes sociais, a parlamentar agradeceu as mensagens de apoio e prestou condolências aos familiares de Marcos e Perseu. "Estamos destroçados", escreveu.
Ela pediu uma investigação 'imediata e profunda' para elucidar a motivação do crime e identificar os possíveis suspeitos, além de "celeridade e seriedade" nas diligências.
"Pelas imagens divulgadas pela imprensa, tudo indica que se trata de uma execução. Exigimos imediata e profunda investigação para descobrir as motivações do crime, assim como a identificação e prisão dos executores", diz nota publicada pela assessoria de Sâmia Bomfim.
Câmeras registram ação
Um vídeo de câmera de vigilância mostra o momento da ação. Os criminosos chegam ao quiosque de carro e param do outro lado da rua. Três deles, todos de preto, saltam do veículo e começam a atirar nas vítimas, que estavam em uma mesa próxima à rua.
Conforme as imagens, um dos homens ainda volta para atirar em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque. Pessoas que também estavam no estabelecimento e presenciaram o crime, saem correndo do local. Após os disparos, os criminosos voltam para o carro e fogem.
Os ortopedistas estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, que sedia a partir desta quinta-feira (5) o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. O quiosque em que as vítimas estavam fica na frente do hotel.
Polícia Federal acompanhará investigação
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse na manhã desta quinta, que a Polícia Federal acompanhará as investigações do crime.
"Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares", disse o ministro em publicação nas redes sociais.
Dino ainda ressaltou que o secretário-executivo do Ministério, Ricardo Cappelli, vai ao Rio de Janeiro para reunião com a direção da PF e o Governo do Estado.
Lula se manifesta
Na rede social X - antigo Twitter - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que recebeu "com grande tristeza e indignação" a notícia sobre a morte dos médicos.
"Minha solidariedade aos familiares dos médicos e a deputada Sâmia Bomfim e ao deputado Glauber Braga. A Polícia Federal, sob determinação do ministro Flávio Dino, está acompanhando o caso", destacou.