Secretário de Saúde de MT é preso por suspeita de tráfico de drogas em ônibus da Pasta

Veículo da secretaria, administrada por Roberto Serenini, levava pacientes transportava 52 kg de cocaína, segundo a Polícia Civil

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 23:15)
Roberto Serenini, secretário de Saúde de MT, é preso por suspeita de tráfico de drogas em ônibus da secretaria
Legenda: Segundo a investigação, o secretário teria apagado imagens do sistema de monitoramento
Foto: Divulgação / Polícia Civil do Mato Grosso

O secretário de Saúde de Curvelândia (MT), Roberto Serenini (PL), foi preso na manhã desta quinta-feira (4) durante a Operação Infirmus, deflagrada pela Polícia Civil, por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas.

De acordo com as investigações, um micro-ônibus da secretaria, usado no transporte de pacientes, também seria utilizado para carregar entorpecentes. 

Durante a ação, policiais encontraram 52 quilos de cocaína escondidos em caixas de supermercado no bagageiro do veículo.

Testemunhas relataram que Serenini esteve na Unidade Básica de Saúde (UBS) no momento do embarque dos pacientes. A polícia afirma ainda que ele telefonou ao motorista do ônibus em duas ocasiões — na véspera e horas antes da viagem — pedindo a troca do veículo.

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O motorista e os passageiros foram levados à Central de Flagrantes, prestaram depoimento e foram liberados.

Ainda segundo a investigação, o secretário teria apagado imagens do sistema de monitoramento do pátio da UBS onde o veículo estava estacionado. O equipamento foi apreendido e periciado, confirmando a exclusão de parte das gravações.

“Este caso demonstra como criminosos podem se infiltrar em instituições públicas para usar serviços essenciais, como o transporte de pacientes, para atividades ilícitas. Nossa investigação foi minuciosa para garantir que todos os responsáveis sejam identificados e punidos”, afirmou o delegado Rinaldo Binoti Filho.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Serenini e expediu mandados de busca e apreensão em sua casa e no gabinete. As apurações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.

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