Policial morto no RJ faleceu no mês de aniversário da filha
Agente é um dos pelo menos 64 óbitos em operação policial no Estado.
O terceiro sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Heber Carvalho da Fonseca, morreu no mesmo mês do aniversário da filha. Ele é um dos quatro policiais assassinados nessa terça-feira (28) em megaoperação no Rio de Janeiro.
Segundo a viúva do agente, a gerente de vendas Jéssica Araújo, o falecimento marca a data para sempre.
"Outubro, mês do aniversário da minha filha, e para o resto da vida ela vai lembrar do paizinho dela."
Em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (29), a esposa lamentou a partida do companheiro, uma das pelo menos 64 pessoas mortas na operação deflagrada contra a facção Comando Vermelho (CV).
Honrou farda até o fim
Segundo Jéssica, o marido enalteceu a função que exercia até falecer. "60, 1.000 vagabundos, não faz diferença perto da vida do meu marido que honrou a farda até o último instante", desabafou.
"Hoje será um dia muito difícil, a ficha ainda não caiu. Te amamos para sempre, Be."
Ainda nas redes sociais, a viúva disse que Heber sempre será seu amor e herói.
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Policial sabia que poderia falecer em serviço
Devido ao perigo envolvido na função que exercia no Bope, e por acompanhar o falecimento frequente de colegas, a companheira relatou que o agente cogitava que poderia morrer em serviço.
"Ele dizia que tinha uma senha em suas mãos, toda vez que perdia um colega. Que se um dia que acontecesse com ele, iria fazendo o que mais amava. E a gente nunca acredita, [mas] esse dia chegou. Não consigo explicar essa dor", escreveu ao publicar uma foto ao lado do companheiro e dos dois filhos.
Segundo o Bope, ele faleceu durante confronto no Complexo do Alemão. "O Sargento Heber dedicou sua vida ao cumprimento do dever e deixa um legado de coragem, lealdade e compromisso com a missão policial militar. Sua ausência será sentida por todos que tiveram a honra de conhecê-lo."