Polícia identifica corpos de mãe e filha vítimas de chacina no Distrito Federal
Ao todo, 10 corpos já foram encontrados desde que as investigações iniciaram
Os corpos encontrados carbonizados em um carro em Unaí, em Minas Gerais, são de Renata Juliene Belchior, 52, e sua filha, Gabriela Belchior de Oliveira, 25, vítimas da chacina do Distrito Federal (DF), segundo aponta a Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG). O relatório foi feito nesta terça-feira (24).
A identificação foi confirmada com legistas que tiveram acesso ao DNA de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, marido e pai das vítimas identificadas, também vítima da matança. Inicialmente, ele era suspeito, mas a Polícia encontrou o corpo dele esquartejado no DF.
Renata e Gabriela, teriam sido mantidas no cativeiro por cerca de cinco dias, de acordo com um dos homens presos. Nesse período, elas foram ameaçadas com uma arma de fogo.
Com a atualização, sete corpos já foram oficialmente identificados. Ao todo, 10 corpos foram encontrados desde que as investigações iniciaram. Ainda nesta terça-feira, três vítimas foram encontradas em uma cisterna em Planaltina (DF).
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Prisões
Três suspeitos foram presos pelo crime, e um quarto ainda é procurado. Os presos são: Fabrício Silva Canhedo, 34; Gideon Batista de Menezes, 55; e Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49.
Segundo o delegado Ricardo Viana, um dos suspeitos pelo crime colaborou com a investigação e forneceu a localização dos corpos encontrados na madrugada desta terça.
As vítimas estavam dentro de uma cisterna, com sinais de violência, a cerca de cinco quilômetros da casa abandonada onde Renata e Gabriela teriam sido mantidas em cativeiro antes de serem mortas.
Relembre o caso
O desaparecimento de membros da mesma família, reportado em 12 de janeiro, chocou o país. Três suspeitos foram presos na terça-feira: um homem de 34 anos, detido à noite, que seria responsável por vigiar o cativeiro, e outros dois, de 56 e 49 anos, capturados anteriormente. A motivação dos crimes seria financeira.
O delegado responsável pelas investigações, Ricardo Viana, disse que as vítimas foram coagidas a entregar as senhas de aplicativos bancários aos criminosos, que teriam realizado transferências em dinheiro da conta delas com destino a outras supostamente ligadas a eles. Além disso, elas ainda teriam sido obrigadas a enviar mensagens a familiares em que informavam estarem bem.
Na casa de um dos presos suspeito de envolvimento no caso, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, a Polícia achou R$ 14 mil em espécie. Já na conta de outro — Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos —, os investigadores encontraram R$ 40 mil. A Polícia Civil suspeita que esse dinheiro seja das vítimas.