Ministério da Saúde negocia compra de 25 mil doses da vacina contra mpox

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública de importância internacional por conta de uma nova epidemia

Escrito por Diário do Nordeste/Agência Brasil ,
vacina contra a mpox sendo administrada no braço de pessoa
Legenda: Desde 2023, mais de 29 mil doses contra a mpox foram aplicadas no Brasil
Foto: FRANCOIS LO PRESTI / AFP

O Ministério da Saúde negocia a compra de 25 mil doses de vacina contra a mpox por meio de aquisição emergencial. As tratativas são feitas com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (15), e é importante para o atual momento, pois foi declarada emergência em saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Estamos numa fase em que o que é importante é a vigilância e o monitoramento”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Muitas vezes, as pessoas ficam ansiosas. A vacina sempre gera uma grande expectativa. Mas é importante reiterar que, nos casos em que se recomenda a vacinação, ela é muito seletiva, focada em públicos-alvo muito específicos até este momento”, explicou a ministra Nísia Trindade. 

Durante a primeira emergência global por mpox, em 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial da vacina Jynneos para combater a doença, já que o insumo não era licenciado no Brasil. A autorização foi renovada em fevereiro deste ano, mas venceria novamente este mês. O ministério já fez um novo pedido de renovação.

Segundo a Anvisa, o imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e tem prazo de até 60 meses de validade, quando conservado entre -60 graus Celsius (°C) e -40°C. A prorrogação da dispensa temporária e excepcional é válida por seis meses e se aplica somente ao ministério.

Pela configuração da emergência global, o Brasil está no nível 1, o cenário menos alarmante, com normalidade para a doença e sem casos da nova variante identificada na República Democrática do Congo, na África. O último óbito pela doença no território brasileiro foi em abril de 2023.

De acordo com o ministério, o nível 2 refletiria um cenário de mobilização, com detecção de casos importados no Brasil; o nível 3, cenário de alerta, com detecção de casos autóctones esporádicos; o nível 4, situação de emergência, com transmissão sustentada em território nacional; e o nível 5, geraria situação de crise, com uma epidemia de mpox instalada no país.

Vacina da mpox no Brasil 

Desde 2023, mais de 29 mil doses contra a mpox foram aplicadas no Brasil. O público-alvo definido à época da primeira emergência incluiu pessoas vivendo com HIV/aids de 18 a 49 anos, independentemente do status imunológico identificado pela contagem de linfócitos TCD4; e profissionais de laboratórios do tipo NB-2 com idade entre 18 e 49 anos e que trabalham com o Orthopoxvirus.

Quem teve contato direto com fluidos e secreções corporais de pacientes com suspeita de infecção por mpox também integrou o público-alvo definido pelo ministério para ser imunizado contra a doença, mas mediante avaliação da vigilância local.

Assuntos Relacionados