Glaidson Acácio, o 'Faraó dos Bitcoins', tem 72 horas para depositar R$ 19 bilhões na Justiça
Empresa de empresário e ex-pastor, preso por liderar esquema de pirâmide, tem mais de 122 mil pessoas para pagar
O empresário e ex-pastor Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "Faraó dos Bitcoins", tem até 72 horas para pagar R$ 19 bilhões a investidores e credores em criptomoedas.
O depósito em conta judicial foi determinado nessa segunda-feira (19) pela juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Informação é do jornal Extra.
A decisão judicial é uma das medidas impostas pela Justiça à Glaidson após ele ser preso, no ano passado, por liderar uma organização criminosa responsável por esquema milionário de pirâmide financeira iniciado em Cabo Frio. A estimativa é de que o negócio fraudulento tenha movimentado em torno de R$ 38 bilhões.
Outra imposição cautelar imposta nesta segunda (19) ao "Faraó dos Bitcoins" foi o recolhimento de seu passaporte.
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Habeas corpus
Na última semana, Glaidson conseguiu um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 2ª Região que substituiu sua prisão por medidas cautelares como o recolhimento de seu passaporte e o pagamento de R$ 19 bilhões a investidores e credores de sua empresa, a GAS Consultoria Bitcoin.
Apesar disso, o golpista deve continuar preso, visto que há outros mandados de prisão em seu nome em aberto.
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Lembre o caso
Glaidson foi preso em agosto do ano passado, na Operação Kryptos, da Polícia Federal, acusado pelo Ministério Público (MPF) de liderar uma organização criminosa responsável por um grande esquema de pirâmide financeira que teve início em Cabo Frio, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro.
Segundo apurou o Extra, a GAS Consultoria tem registrado mais de 122 mil credores, e a soma do valor informado por eles até o momento gira em torno de R$ 9 bilhões.
A força-tarefa para buscar os clientes foi determinada pela Justiça, que nomeou um administrador judicial para abrir um cadastro dos credores da empresa.
"Quando a juíza nos nomeou, ela determinou que os credores e investidores se cadastrassem em um site. Centenas já se cadastraram. É possível que haja duplicidade no cadastro. Será analisado cada caso. Além disso, mesmo quem não se inscreveu, se deferida a recuperação judicial, essa pessoa vai ter a oportunidade de se habilitar (para receber o que foi investido)", disse o advogado Sergio Zveiter, nomeado administrador judicial na ação.