Empresa de suplementos contraria Renato Cariani e nega que ele seja um dos sócios
Em algumas ocasiões, o influenciador disse ser um dos acionistas da empresa Supley
Detentor das marcas Max Titanium, Probiótica e Dr. Peanut, o Grupo Supley negou que o influenciador Renato Cariani seja sócio do empreendimento, apesar de ele costumar se apresentar como acionista do laboratório de alimentos e de suplementos nutricionais.
Em nota, o empreendimento esclareceu que a relação estabelecida com o criador de conteúdo é comercial, e que o contrata somente para fazer a divulgação dos produtos da empresa nas redes sociais. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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No entanto, o grupo admitiu que cogitou estabelecer um contrato no modelo "media for equity" — quando a pessoa faz publicidade para uma marca em troca de participação acionária —, mas isso não chegou a se concretizar.
"Embora tenha se cogitado uma transação usual no mercado de influenciadores de 'media for equity', a companhia gostaria de esclarecer que o influenciador não é, e nunca foi, sócio, acionista e administrador", diz o comunicado.
Figurinha constante na divulgação do grupo, Cariani dizia ser sócio da companhia. Em entrevista ao podcast Joel Jota, por exemplo, ele disse ser um dos acionistas e também responsável pelo marketing.
"Sou sócio do Grupo Supley que compreende a Max Titanium, a Probiótica e uma marca chamada Dr. Peanut. A Max Titanium e a Probiótica é uma marca de suplemento, e a Dr. Peanut é uma marca de pasta de amendoim. E sou responsável pelo marketing dessa empresa", declarou na época.
Na mesma ocasião, o influenciador detalhou que também era dono de cerca de 50% da empresa Anidrol, que foi alvo de uma operação da Polícia Federal pelo suposto desvio de cerca de 12 toneladas de produtos químicos para a produção de drogas, como crack e cocaína.
Além do empreendimento, Cariani ainda disse, na entrevista, ser dono de uma transportadora especializada no deslocamento de produtos químicos perigosos, algumas academias, um curso digital, além de outras empresas menores, como uma produtora, e a atividade de youtuber.
Operação da PF
Sobre a investigação da Polícia Federal, o Grupo Supley declarou ter sido surpreendido com as suspeitas relacionadas a empresa associada ao criador de conteúdo.
"A Supley recebeu com perplexidade a informação de que Renato Cariani foi alvo de operação da Polícia Federal. A Supley aguarda os desdobramentos da investigação e o julgamento sereno do caso. De toda forma, foram suspensas quaisquer ações de marketing que envolvam a participação do influenciador".
Por fim, a companhia ainda disse que nunca adquiriu ou vendeu quaisquer produtos a Anidrol, ou teve qualquer relação comercial com a empresa.
Cariani ainda não se manifestou sobre as declarações da Supley.
Após a operação da PF contra a Anidrol, ele disse que foi surpreendido pela ação policial e defendeu que o empreendimento funciona com todas as licenças necessárias.