Renato Cariani diz que vai levantar autenticidade de conversas que aparecem em investigação da PF

Na captura de tela mostrada pelo investigado, ele diz que vai 'fugir da polícia'

Escrito por Redação ,
Renato Cariani. Renato Cariani: notas falsas em nome da AstraZeneca e e-mails foram cruciais em investigação da PF
Legenda: Em pronunciamento divulgado logo após a deflagração da operação que apura o caso, Cariani disse que Anidrol é toda "regulada"
Foto: reprodução/@renato_cariani via Instagram

O influenciador fitness Renato Cariani afirmou, durante uma live realizada em seu canal no Youtube na tarde desta quinta-feira (14), que irá levantar a autenticidade de conversas que ele teve com a sócia, apresentadas em uma investigação da Polícia Federal.

Na captura de tela mostrada pelo investigado, ele diz que vai "fugir da polícia". Segundo ele, a fala foi tirada de contexto e revela apenas um desabafo entre dois sócios, apesar da agressividade das palavras.

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"Eu quero levantar a autenticidade dessas conversas, eu vou pedir, ali está bem fora de contexto, eu não consigo nem identificar. Mas eu vou supor que essa conversa, de 2014, já fazem 10 anos, eu não tenho memória de elefante, de repente eu tenha tido essa conversa", disse o influenciador.

Cariani disse ainda que "ninguém trabalha no final de semana para fugir da polícia". E justificou que a mensagem se referia a uma fiscalização e auditoria que a Polícia Civil faria na sua empresa sobre uma licença ambiental.

OPERAÇÃO 

A Anidrol, empresa de Cariani, uma indústria química que fica em Diadema (SP), foi um dos alvos da força-tarefa deflagrada na  última terça. Segundo a PF, ao todo foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná.

O grupo alvo é suspeito de desviar 12 toneladas de produtos químicos para a produção de crack, entre eles, fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. O total corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para o consumo.

As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras.

Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da Organização Criminosa alvo da operação.

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