Defesa de autor de chacina em Sinop (MT) diz que parte das vítimas foi atingida de forma acidental

Em entrevista à Band, advogado de Edgar Ricardo De Oliveira ainda cita desavenças que o cliente tinha com pessoas do bar por prejuízos financeiros

Escrito por Redação ,
Edgar Ricardo De Oliveira
Legenda: Edgar Ricardo De Oliveira, um dos autores da chacina, foi preso na quarta-feira (22)
Foto: Reprodução

A defesa de Edgar Ricardo De Oliveira, um dos acusados da chacina que matou sete pessoas em um bar de Sinop, no Mato Grosso, disse que o cliente atingiu algumas pessoas “de forma acidental”, como a menina de 12 anos e um idoso. As informações são da Band.

Segundo o advogado Marcos Vinícius, Edgar foi preso na última quinta-feira (24) após concordar em enviar a localização para ele ir com a polícia ao local onde houve a prisão. O mandado de prisão contra ele é temporário, de 30 dias, mas pode ser convertida para preventiva. 

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O cúmplice, Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, morreu em confronto com a Polícia Militar, na tarde da quarta-feira (22). A defesa de Edgar informou que ainda aguarda as investigações para apresentar uma linha de ação mais detalhada. 

Marcos Vinícius também falou sobre as desavenças que o assassino tinha com uma pessoa que estava no bar, devido à “prejuízos financeiros” e “problemas pessoais”. “Edgar afirma que teria sofrido grandes prejuízos [financeiros e problemas pessoais] por uma daquelas pessoas”, disse o advogado.

O acusado ficou em silêncio diante da autoridade policial, mas em declarações extraoficiais, confirmou que era a pessoa com a espingarda calibre 12 que aparece no vídeo captado por uma câmera de segurança do bar onde as vítimas estavam.

“Para a autoridade policial, ele ficou em silêncio, mas disse que teve animosidade com algumas daquelas pessoas”, contou Marcos Vinícius em entrevista à Band.

A defesa ainda informou que Edgar e Ezequias foram alvos de provocação após perderem dinheiro em apostas em partidas de sinuca e baralho. Para Marcos Vinícius, a zombaria de algumas pessoas que estavam no bar contribuíram para o que chamou de “situação de fúria”.

Segundo a investigação da polícia, Edgar e Ezequias saíram do bar, após perderem as apostas, e foram até uma caminhonete branca para pegarem duas armas de fogo, uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12. Ao retornarem ao estabelecimento, efetuaram os disparos.

Entre os mortos, estão pai e filha. As vítimas têm entre 12 e 48 anos. Uma delas, o Elizeu Santos, chegou a passar por cirurgia, mas não sobreviveu. 

Passagem pela Polícia  

Segundo a Polícia Civil, os autores da chacina têm diversas passagens criminais. O delegado responsável pelo caso, informou que Ezequias respondia por porte ilegal de arma, roubo, formação de quadrilha, lesão corporal e ameaça, além de possuir um mandado de prisão em aberto.  

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Já Edgar tem registro por violência doméstica. “Em momento algum, houve discussão ou desentendimento. Aparentemente, estava tudo normal”, disse o delegado sobre momentos antes do crime.  

Edgar tem registro como Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC) e chegou a frequentar um clube de tiro de Sinop, mas foi desfiliado por faltas, de acordo com a Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT). Anteriormente, a polícia havia informado que ele frequentava um estabelecimento de Sorriso, também no norte do Estado. 

 

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