Cavalo Caramelo tem quadro estável e recebe tratamento de fluidoterapia após resgate no RS
O animal passou quatro dias em pé no telhado de uma casa parcialmente submersa, sem acesso a água potável
O cavalo "Caramelo", como passou a ser chamado o animal que foi resgatado de cima de um telhado em Canoas, no Rio Grande do Sul, tem se recuperado bem e seu quadro clínico é considerado estável. Segundo Marisangela da Costa Allgayer, veterinária do complexo veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), o cavalo está sendo tratado com fluidoterapia equina para aliviar os sintomas de desidratação, visto que ele passou quatro dias em pé e sem acesso à água potável. As informações são do O Globo.
Caramelo foi resgatado por bombeiros de São Paulo nessa quinta-feira (9). A força-tarefa foi montada com a participação de diferentes veterinários e transmitida ao vivo na televisão. O animal estava se equilibrando na parte de cima de uma casa praticamente submersa.
O resgate contou com 11 pessoas e cinco botes. Segundo O Globo, com informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), os bombeiros precisaram de duas embarcações para chegarem até o local em que o cavalo estava ilhado, a cerca de quatro quilômetros do ponto inicial do alagamento.
Foi necessário, ainda, sedar o cavalo, para evitar que ele se machucasse ou ficasse nervoso diante da presença dos humanos. "Quando chegamos, encontramos o animal em situação debilitada. Tentamos nos aproximar de maneira calma, fizemos a contenção física, os veterinários vieram com os medicamentos, após a sedação, deitamos o cavalo numa balsa de salvamento e fizemos a extração em segurança", contou o capitão Franco, que liderou a missão de salvamento.
Pesando 350kg, Caramelo foi deitado em um bote para a Ulbra, para receber os cuidados necessários. Veja o momento do resgate:
Resgate de animais
Segundo o Governo do Rio Grande do Sul, desde a semana passada, uma força-tarefa resgatou mais de 500 animais das enchentes no Estado, principalmente, cachorros e gatos, mas, também alguns animais silvestres, como aves e guaxinins.
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Os agentes utilizam botes para procurar animais dados como perdidos pelos moradores. E, após o resgate, os bichos são transportados para um QG de salvamentos, onde passam por uma triagem veterinária.
Os que estão em bom estado de saúde e sem tutor identificado são direcionados para abrigos públicos. Caso estejam com hipotermia ou lesões, são levados para a clínica veterinária mais próxima.
Tragédia climática no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul tem enfrentado enchentes, inundações e deslizamentos devido a fortes chuvas que caem no Estado há quase duas semanas. Segundo último balanço da Defesa Civil, publicado nesta sexta-feira (10), foram registrados 113 mortos, 146 desaparecidos, 337,1 mil desalojados e 9,9 mil animais resgatados.