Após seis anos da tragédia, polícia identifica vítima do rompimento da barragem de Brumadinho

Maria de Lurdes da Costa Bueno tinha 59 anos na época do acidente; duas vítimas, do total de 270 mortos, seguem desaparecidas

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Redação producaodiario@svm.com.br
Maria Lurdes da Costa Bueno
Legenda: Corretora Maria Lurdes da Costa Bueno estava de passeio com a família pela região para conhecer Inhotim
Foto: Reprodução/Facebook

Uma nova vítima do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), foi identificada na noite desta quinta-feira (6). A Polícia Civil do estado confirmou ser Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos. A identificação foi possível, seis anos após a tragédia, por meio de exame antropológico.

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Segmentos da vítima foram encontrados na área de buscas na manhã da quinta e incluíam um fêmur com prótese. Maria era moradora de São José do Rio Pardo (SP) e estava passeando com a família em Brumadinho para conhecer Inhotim. Todos estavam hospedados na Pousada Nova Estância, destruída pela lama da barragem.

O marido de Maria de Lurdes, Adriano Ribeiro da Silva, dois enteados, Luiz Taliberti e Camila Taliberti, e a nora, Fernanda Damian de Almeida, também morreram na tragédia.

Conforme o tenente Henrique Barcellos, os segmentos da vítima foram encontrados em uma área de buscas chamada "remanso 4". O local fica a aproximadamente 2 km da Pousada Nova Estância.

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Quem continua desaparecido?

O fato ocorreu em 25 de janeiro de 2019. Ao todo, 270 pessoas morreram. Com a identificação de Maria de Lurdes, a tragédia de Brumadinho passa a ter 268 vítimas identificadas e duas ainda desaparecidas.

São elas: Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34 anos, engenheiro mecânico recém-formado que tinha sido transferido para a mina de Córrego do Feijão cerca de 20 dias antes da tragédia, e Nathália de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos, estagiária da Vale que estava no horário de almoço, conversando com o marido por telefone, no momento do colapso da estrutura.

Sobre as buscas e resgates

Fazia mais de dois anos que o Corpo de Bombeiros não encontrava mais nenhuma vítima do acidente do Córrego do Feijão. A última vítima identificada por meio de exames de DNA foi Cristiane Antunes Campos, funcionária da Vale que atuava como supervisora de mina, em dezembro de 2022.

Mesmo seis anos depois, as buscas são mantidas e os militares atuam com o apoio de equipamentos que processam o material recolhido por máquinas e separam os fragmentos maiores dos mais finos. Todo o material que passa pela esteira deste equipamento é inspecionado visualmente e, desde o fim do ano passado, a inteligência artificial é utilizada nesse processo.

Durante o ano de 2024, a Polícia Civil recebeu 20 segmentos humanos localizados pelos bombeiros na área de buscas.

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