Brasileiro de 16 anos é esfaqueado no metrô de Canadá; primeiro-ministro lamenta morte

O ataque foi considerado "aleatório", ou seja, sem nenhuma motivação específica

Escrito por Redação ,
Gabriel Magalhães é branco e de cabelos pretos ondulados. Ele está na praia usando óculos escuros
Legenda: Gabriel Magalhães morava com a família em Toronto.
Foto: Reprodução/GoFundMe

Um adolescente brasileiro de 16 anos de idade foi esfaqueado e morreu em uma estação de metrô em Toronto, no Canadá, no último sábado (25). O ataque aconteceu por volta de 21 horas. A polícia local suspeita que o crime tenha sido cometido por Jordan O'Brien-Tobin, de 22 anos, que vive em situação de rua. Informações são do g1.

De acordo com as investigações, Gabriel Magalhães estava sentado em um banco próximo às escadas rolantes da plataforma do metrô quando foi atacado por Jordan. Ele voltava para casa após sair com amigos. O homicídio teria sido "aleatório", ou seja, sem nenhuma motivação específica. O suspeito foi capturado ainda no sábado.

No Twitter, o primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, lamentou o ataque. "Este foi um assassinato sem sentido e que não pode ser tolerado", escreveu.

O jornal Toronto Star publicou uma reportagem nessa quarta-feira (29) relatando que Jordan havia sido libertado condicionalmente da prisão duas semanas antes do assassinato de Gabriel. Ele responde por vários crimes, incluindo agressão sexual a uma moradora de Toronto.

Além disso, o periódico local afirmou que há uma onda de ataques "aleatórios" no metrô da cidade, tendo sido registrados 1.068 incidentes violentos em 2022 contra passageiros da rede de transporte público. Em 2019, esse dado era 669.

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Mãe viu a notícia pela televisão

Segundo o g1, a mãe de Gabriel, Andrea Magalhães, trabalha como enfermeira em um hospital da cidade. E, antes de saber que o filho havia sido assassinado, ela assistiu na televisão a notícia de que um homem foi esfaqueado no metrô. Contudo, ela afirmou ao Toronto Star que, na hora, nem cogitou que poderia ser o próprio filho. "Eu pensei que ele [Gabriel] não é um homem, é uma criança", afirmou.

A enfermeira começou a se preocupar quando o filho parou de responder suas mensagens e telefonemas no sábado à noite. Pensando que ele poderia chegar tarde da rua, ela deixou a porta da casa aberta e se manteve acordada. Porém, quem apareceu foram os investigadores, para avisar que Gabriel tinha morrido.

"Nós [Andrea e seu esposo] deixamos São Paulo [há mais de 20 anos], uma cidade muito, muito perigosa, muito violenta, estávamos procurando uma vida melhor, oportunidades, e queríamos ter filhos. Nós queríamos segurança para nossas crianças, e por isso viemos para Toronto", desabafou a mãe à rede canadense Global News.

Sobre o assassino, Andrea disse que, neste momento, pessoalmente, não o culpa. "Culpo o sistema. Por que ele não estava sendo atendido? Se nós quisermos resolver o problema, precisamos ir mais fundo do que colocar guardas no metrô e nas ruas. Precisamos do apoio apropriado, e não de cortar fundos de saúde pública. Precisamos investir mais. Essa é uma cidade rica. Nós pagamos muitos impostos e queremos que nosso dinheiro vá para a segurança", reclamou a enfermeira.

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