'A dor física é a de menos', diz professora vítima de ataque a escola pública de São Paulo

Rita de Cássia, de 67 anos de idade, foi esfaqueada no ombro e levou 30 pontos

Escrito por Redação ,
Professora Rita de Cássia de perfil, usando óculos escuros. Ela tem cabelos grisalhos, finos e lisos
Legenda: A professora Rita de Cássia teve o ombro esfaqueado pelo aluno.
Foto: Reprodução

A professora Rita de Cássia, 67, uma das vítimas do ataque registrado na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, nessa segunda-feira (27), disse que está preocupada com a saúde mental de alunos e demais professores da instituição. A educadora foi esfaqueada no ombro e precisou de 30 pontos no ferimento.

"Acho que a dor física é a de menos", disse ela ao g1. "A gente espera recuperar a nossa saúde mental dos alunos, dos professores, da direção e de todos os envolvidos. A gente espera cuidar da nossa saúde mental, inclusive, desse rapaz, porque ele está doente", continuou a professora, que ensina história.

Segundo Rita, que teve alta médica nesta terça-feira (28) e foi ao velório da professora Elisabete Tenreiro, o adolescente de 13 anos autor dos atos não tinha "perfil agressor" com professores, mas, com colegas, sim.

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O ataque

Rita foi a segunda professora atacada. Ela contou que escutou um barulho no corredor da escola quando abriu a porta da sala em que estava dando aula e viu a movimentação de crianças correndo.

"Minha ideia era tentar pará-los. Falar para pararem de correr. 'Vocês vão se machucar'. Não sabia o que estava acontecendo, aí ele [o adolescente que praticou o ataque] veio para cima de mim", relatou a educadora. Além dela, ficaram feridas as professoras Jane Gasperini Apergis e Ana Célia da Rosa.

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Relembre o caso

Um aluno de 13 anos de idade esfaqueou quatro professoras e outro aluno na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, nessa segunda-feira (27). Elisabete Tenreiro, de 71 anos, professora de biologia, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ela sofreu uma parada cardíaca.

A Polícia segue investigando o caso para descobrir as motivações do ataque. O que se sabe até o momento é que, na semana passada, a professora morta apartou uma briga entre o aluno e outro a quem o agressor teria chamado de "macaco". Informações preliminares dão conta de que o jovem teria planejado um ataque com arma de fogo, inicialmente.

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