Trump ameaça impor tarifa adicional de 50% à China se país não suspender retaliação
Tarifas dos EUA à China podem alcançar 104%, considerando o total acumulado já anunciado pelo republicano desde janeiro
O presidente norte-americano Donald Trump ameaçou, nesta segunda-feira (7), aumentar em mais 50% as tarifas sobre os produtos chineses caso Pequim não suspenda, até a terça-feira (8), as tarifas retaliatórias de 34% contra os Estados Unidos. A medida terá efeito a partir da quarta-feira (9), disse o republicano na Truth Social.
Trump afirmou ainda que todas as conversas com a China sobre as reuniões solicitadas por eles serão encerradas, mas garantiu que as negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão imediatamente.
"China impôs tarifas retaliatórias de 34%, somadas às suas já recordistas tarifas e uma maciça manipulação cambial de longo prazo, apesar do meu alerta de que qualquer país que retalie os EUA com tarifas adicionais, além de seu já existente e abusivo histórico tarifário contra nossa nação, será imediatamente alvo de novas tarifas substancialmente mais altas, acima das inicialmente estabelecidas", escreveu o presidente dos EUA.
Caso a China persista à ofensiva alfandegária de Trump, as tarifas sobres os produtos chineses chegarão a um total de 104%, considerando o total acumulado de tarifas anunciadas pelo republicano desde que voltou ao poder, informou a Casa Branca à AFP.
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Tarifas retaliatórias da China
Na última sexta-feira (4), a China divulgou que vai impor tarifas de 34% a todos os bens importados dos Estados Unidos, com vigor a partir da próxima quinta-feira (10). O País foi o primeiro a reagir à ofensiva protecionista de Trump.
No último dia 2 de abril, o republicano anunciou tarifas "recíprocas" de 34% a importações da China, que se somam à tarifação de 20% já em vigor.
O Ministério do Comércio da China também anunciou que aplicará controles de exportação sobre sete elementos das terras raras, entre eles o gadolínio, utilizado em ressonâncias magnéticas, e o ítrio, utilizado em produtos eletrônicos.
Além disso, o ministério afirmou que levará o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC).
O órgão informou, ainda, que a China adicionou 11 empresas dos EUA à "lista de entidades não confiáveis" para "salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento".
A lista inclui os fabricantes de drones Skydio e BRINC Drones, bem como a Neros Technologies. As entidades na lista estão proibidas de se envolver em atividades de importação e exportação relacionadas à China ou de fazer novos investimentos em território chinês.
Paralelamente, o órgão alfandegário chinês suspendeu as licenças de importação de seis empresas dos EUA, com o "objetivo de proteger a saúde dos consumidores chineses".
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